Quarta-feira, 4 nov 2009 - 09h31
Todos nós estamos acostumados com o intenso brilho levemente amarelado do nosso Sol. Sua energia luminosa é tão grande que bastam alguns segundos de observação direta para que os danos em nossa retina sejam permanentes, mas mesmo se fosse possível vê-lo o melhor do Sol não seria revelado.
Clique para ampliar Talvez as únicas coisas que veríamos ao observar diretamente o Sol seriam algumas manchas se deslocando pelo disco estelar, além de uma grande bola de luz difusa e cintilante. De fato, não veríamos tantas coisas interessantes. O melhor do Sol está mesmo onde não podemos ver, nas regiões do espectro eletromagnético em que nossos olhos são completamente cegos - como o infravermelho ou ultravioleta - ou em alguns intervalos muito específicos entre determinadas cores, impossíveis de serem distinguidos devido ao intenso brilho dominante das cores vizinhas.
Uma dessas cores especiais situa-se na região entre os tons vermelhos e laranjas e tem um comprimento de onda de 630nn (nanômetros). Chamada de H-Alpha, é uma luz avermelhada num comprimento de onda muito curto, emitida e absorvida pelo hidrogênio solar. Para vê-la são empregados filtros extremamente seletivos que bloqueiam todas as outras cores (frequências) emitidas, deixando passar apenas as do comprimento de onda do H-Alpha. A foto acima é uma típica imagem feita com auxílio desses filtros e revela diversos detalhes da cromosfera solar, com destaque para os inúmeros filamentos de gás magneticamente confinados que parecem eclodir do limbo solar. Chamados de espículas, alguns desses filamentos têm aproximadamente 500 km de diâmetro e se movem a mais de 80 mil km/h. Normalmente, fotos feitas com filtros H-Alpha são alaranjadas, mas podem ter seu matiz invertido para destacar alguns detalhes e esse é o caso da imagem apresentada, vista aqui em tons azulados. A cena não revela nenhuma mancha solar, mas algumas proeminências são claramente visíveis na borda da estrela.
Todas as estrelas são alimentadas pela fusão dos átomos de hidrogênio que se transformam em hélio sob o intenso calor e pressão encontrados no núcleo estelar. Ali, o hélio produzido na fusão é ligeiramente mais leve que a massa de quatro núcleos de hidrogênio necessários à sua produção. A falta dessa massa é convertida em energia e explicada a partir da teoria da relatividade de Einstein (E = MC2).
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