Terça-feira, 29 set 2020 - 15h44
Por Maria Clara Machado
O Paraguai é outro país da América do Sul que vem sofrendo com o rápido do avanço das queimadas e incêndios nas matas e pastagens. São centenas de focos de fogo espalhados em diferentes partes do país, agravados pela onda de calor e a seca extrema, que acenderam o alerta vermelho nos últimos dias.
Centenas de incêndios se propagam pelo Paraguai. Crédito: Imagem divulgada pelo twitter do Ministério Público do Paraguai. @MinPublicoPy Em meio a uma das temporadas de seca mais severa e uma onda de calor recorde, quase duas mil queimadas estão ativas simultaneamente. O Corpo de Bombeiros Voluntários do Paraguai (CBVP) declarou que mais de 1900 focos de incêndios em pastagens estão ardendo em todo o país. Cinco grandes incêndios estavam sendo combatidos na região do Chaco paraguaio no início da semana. Antes da chegada de uma frente fria, a fumaça tomava conta do céu da capital Assunção no último domingo. A fumaça no Paraguai se mistura à fumaça também vindo dos focos de incêndios da Bolívia e do Pantanal, trazida pelas correntes de vento de norte. Imagem de satélite mostra uma grande área esbranquiçada indicando fumaça sobre o Paraguai, a Bolívia, o Pantanal, no Brasil e parte da Argentina no dia 26 de setembro. Crédito: Worldview/NASA A mesma imagem com pontos laranjas mostra a quantidade de focos de fogo detectados pelos satélites Aqua e Terra da Nasa, no dia 26 de setembro. Crédito: Worldview/NASA. Parte da fumaça do Paraguai também avançou sobre Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, deixando o ar poluído. A mudança no tempo trouxe um pouco de chuva passageira para algumas áreas das queimadas. Imagem de satélite mostra nuvens de chuva sobre parte do Paraguai no dia 27 de setembro. Algumas áreas de queimadas tiveram chuva. Crédito: Worldview/NASA.
Somado ao calor intenso, a falta de chuva prolongada também agrava muito a situação das queimadas no Paraguai. Outro reflexo preocupante da seca é no Rio Paraguai, que está com um dos piores níveis dos últimos 49 anos. A baixa vazão do rio reflete a seca que acontece não só no Paraguai, mas também na região do Pantanal, em Mato Grosso do Sul, onde o nível do rio é o mais baixo em 47 anos.
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