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Quarta-feira, 22 ago 2007 - 13h01

Sonda Voyager comemora 30 anos de pesquisa espacial

Há exatos 30 anos a pesquisa espacial inaugurou um de seus principais capítulos – e um que não dá sinais de que terminará tão cedo. O mais notável é que a história é escrita por dois veículos que continuam operando sem defeitos e dispensando revisões periódicas, mesmo viajando por mais de 1,6 milhão de quilômetros a cada dia. Nada mal para quem tinha vida estimada de quatro anos.

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Prodígios da engenharia, as sondas começaram sua jornada em 20 de agosto de 1977, com o lançamento da Voyager 2, que foi seguida pela Voyager 1 alguns dias depois, em 5 de setembro. Após três décadas, a Voyager 2 está a cerca de 15,5 bilhões de quilômetros do Sol e a irmã a 12,5 bilhões.

“A missão Voyager é uma lenda nos anais da exploração espacial que abriu nossos olhos para a riqueza científica do Sistema Solar externo. E é um testamento da importância do trabalho dos projetistas, construtores e operadores que as duas espaçonaves continuem fazendo importantes descobertas mais de 25 anos após o término de sua missão original a Júpiter e a Saturno”, disse Alan Stern, administrador associado da Diretoria de Missões Científicas da Nasa, a agência espacial norte-americana.

Nos 12 primeiros anos, as Voyager realizaram explorações detalhadas de Júpiter, Saturno e das luas dos planetas, além de conduzir as primeiras explorações de Urano e de Netuno. As sondas enviaram imagens nunca vistas e dados científicos que resultaram em descobertas fundamentais a respeito dos planetas externos do Sistema Solar.

Em dezembro de 2004, a Voyager 2 chegou à fronteira final do Sistema Solar, uma região turbulenta que começa a cerca de 14 bilhões de quilômetros do Sol e na qual o vento solar é reduzido ao encontrar o meio interestelar, o fino gás que preenche o espaço entre as estrelas. Os cientistas da Nasa estimam que a Voyager 1 chegará a essa região no fim do ano.

Cada nave carrega cinco instrumentos científicos funcionais, utilizados para o estudo do vento solar, de partículas energéticas, de campos magnéticos e de outros tipos de ondas à medida que vencem regiões no espaço profundo até então inexploradas pelo homem.

As Voyager estão longe demais do Sol para poder usar energia solar. Elas empregam geradores termoelétricos radioisotópicos para garantir o funcionamento de seus instrumentos que, em cada uma, tem consumo menor de 300 watts. A Nasa estima que a energia interne seja suficiente para que as sondas continuem operando até por volta de 2020.

As duas se comunicam com os cientistas da Nasa por meio da rede Deep Space, um sistema de antenas instalado em diversos países. Elas estão tão distantes que comandos enviados da Terra, ainda que viajem à velocidade da luz, precisam de 12 horas para chegar à Voyager 1 e 14 horas para serem recebidos pela outra nave.

As espaçonaves carregam mensagens, para o caso de serem encontradas por alguma outra forma de vida. Um disco de cobre e ouro de 12 polegadas contém dados selecionados para mostrar a diversidade da vida, da sociedade e da cultura da Terra.

O conteúdo do disco foi selecionado por um comitê então liderado pelo astrônomo e escritor Carl Sagan (1934-1996). Estão gravadas 117 imagens e diversos sons obtidos na natureza, além de seleções musicais de diferentes culturas e períodos e saudações em 54 línguas.

Foto: Planeta Netuno, em foto feita pela Voyager, onde se destacam nuvens em grande altitude. Crédito: JPL/NASA. Fonte de texto: IG-Educação/Agência Fapesp

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