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Segunda-feira, 1 fev 2010 - 08h39

Sem volta: EUA priorizam Estação Espacial e desistem de ir à Lua

Apoiado por uns e rejeitado por outros, o projeto americano de retornar à Lua em 2020 sofreu um duro golpe neste final de semana. O congresso americano votará hoje o orçamento do país e o dinheiro proposto pelo presidente Barack Obama não será suficiente para levar em frente o plano de voltar à Lua, que já consumiu 9.1 bilhões de dólares dos cofres públicos.

Foguete Ares 1
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Apesar de insuficiente para o retorno à Lua, o novo orçamento injetará mais US$ 5,9 bilhões adicionais à Nasa ao longo de cinco anos, que deverá usá-lo no prolongamento da vida útil da Estação Espacial Internacional, ISS, e também como estímulo para que empresas privadas desenvolvam naves para levar os astronautas até lá depois que os ônibus espaciais forem aposentados.

"O que enterrou a missão de retorno à Lua foi a decisão de prorrogar a vida da ISS até 2020", disse John Logsdon, um dos maiores especialistas em política espacial, ligado à Universidade George Washington. "Não podemos pagar pelo uso da estação por cinco anos extras e ainda bancar a ida à Lua".

As informações sobre o plano espacial do presidente foram divulgadas no final de semana pelos jornais Orlando Sentinel e Florida Today. Em uma nota à imprensa, a deputada Suzanne Kosmas, da Flórida, disse que a proposta orçamentária do presidente Obama deixaria a Nasa sem um programa ou cronograma definidos para exploração além da órbita da Terra.

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O plano de retornar à Lua foi anunciado pelo ex-presidente George Bush após o desastre do ônibus espacial Columbia em 2003. Na ocasião, um comitê de consultores informou ao presidente que a Nasa precisava de um novo foco para suas atividades e que o retorna à Lua seria bastante interessante aos EUA. O projeto envolveria a construção de dois foguetes de grande porte, o Ares I, que levaria os astronautas ao espaço e o Ares V, que transportaria as cargas. Batizado de Constellation, o projeto contaria também com uma nave - Órion - capaz de abrigar astronautas ou levá-los a outros planetas.

Apesar Constellation estar morto, a exploração espacial continuará. Segundo Logsdon, o plano inclui uma "rota flexível" na realocação dos recursos para a exploração espacial com astronautas, que poderia incluir até mesmo o pouso humano em um asteroide ou nas luas de Marte.

Até agora, o Constellation já gastou US$ 3,5 bilhões na criação do Ares I, US$ 3,7 bilhões na construção da Órion e cerca de US$ 2 bilhões em outras atividades relacionadas ao projeto.


Foto: Teste do foguete Ares-1X, a partir da plataforma de Cabo Kennedy, na Flórida. A nuvem branca que envolve o topo do foguete é um colar de choque formado por gotículas de água criadas pela repentina queda da pressão atmosférica. Crédito: Nasa.

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