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Quinta-feira, 1 set 2005 - 06h45

A capital do jazz está em silêncio. Começa evacuação total de Nova Orleans

A evacuação, porém, está sendo feita de forma lenta, e milhares de pessoas ainda isoladas pelas águas começam a ficar desesperadas, segundo o correspondente da BBC na cidade, Alastair Leithead.

A maior parte da cidade está submersa e os moradores que ficaram não têm eletricidade, e água e comida estão acabando.

Os saques generalizados e a falha em impedir que a água continue subindo na cidade aumentaram o pânico e a maioria das pessoas estão desesperadas para ir embora, segundo o correspondente da BBC.

Leithead informa que a defesa civil local está no limite de sua capacidade entre operações de busca e resgate de sobreviventes, esforço para conter a subida das águas e combate às gangues de saqueadores.

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Pesadelo
Na noite de quarta-feira, o prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, determinou que os 1,5 mil policiais que estão trabalhando abandonassem sua missão de busca e salvamento, voltando às ruas para combater os saques.

Dezenas de milhares de pessoas ainda estavam em Nova Orleans na quarta-feira.

Os cerca de 20 mil que tinham se refugiado no estádio Superdome estavam sendo retirados em enormes caminhões e ônibus e transferidos para o estádio Astrodome, em Houston.

No Astrodome, Sandra Young, 34 anos, mãe de seis filhos, contou que conseguiu escapar de sua casa inundada em Nova Orleans com a filha de 13 anos e conseguiram chegar até a rodovia interestadual. Lá ela esperou um dia inteiro até conseguir carona no ônibus de refugiados.

Os outros filhos dela estão com parentes, mas ela perdeu contato com eles.

"É terrível, é um pesadelo. As pessoas isoladas. Não há comida e nem água", disse Sandra Young à agência AP.


Demora
Com a avaliação dos danos e do que ocorreu após o desastre, começam a surgir críticas sobre a atuação das autoridades nas áreas mais atingidas pelo furacão.

O senador democrata americano Frank Lautenberg acusou o governo do presidente americano, George W. Bush, de ter demorado para agir.

"Estamos vendo essa devastação nas nossas televisões há dias e é preciso perguntar: Onde está o governo federal?", disse ele à agência Reuters.

"Deveríamos ter contado com um número significativo de tropas e suprimentos no local na segunda-feira."

Há relatos de descontentamento e raiva entre as pessoas mais pobres atingidas pelo furacão.

"Muitas pessoas não tinham recursos financeiros para escapar", disse à agência Reuters Alan LeBreton, morador do balneário de Biloxi.

"Isso é um crime e as pessoas estão furiosas por causa disso."


Suprimentos
As condições nas áreas mais atingidas continuam se deteriorando e o governo federal dos Estados Unidos declarou estado de emergência em toda a região costeira do Golfo do México.

Bush anunciou que os trabalhos de recuperação da área atingida pelo furacão serão coordenados por uma força-tarefa ministerial.

O governo federal enviou à região 1,7 mil caminhões cheios de suprimentos essenciais, inclusive água potável.

Também estão sendo montadas 40 instalações médicas de emergência, com capacidade para atender até 10 mil pessoas.

Frotas de helicópteros e mais de 11 mil guardas nacionais também foram enviados à região.

A Marinha americana mandou oito navios para ajudar no esforço de recuperação da região.

Foto: Residentes ajudam a limpar uma loja alagada em Long Beach, Mississippi,.

Veja abaixo como se forma um furacão

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