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Quarta-feira, 30 jul 2008 - 09h51

Seis terremotos atingem a Grande Los Angeles em apenas 12 horas

Nas últimas 12 horas a região da Grande de Los Angeles, na Califórnia, que engloba também cidades periféricas, sofreu uma série de abalos sísmicos de diversas intensidades, que se tiveram início na tarde de terça-feira às 15h42 (Hora de Brasília), com o abalo moderado de 5.4 graus Richter ocorrido a apenas 46 km a este-sudeste da área metropolitana.

Nove minutos após, dois abalos secundários calculados em 2.8 e 3.8 graus foram registrados a poucos quilômetros do evento maior. Duas horas mais tarde mais dois tremores de 3.6 graus foram registrados. Hoje pela manhã a terra voltou a tremer às 04h17, quando os sismógrafos detectaram outro evento de 2.7 graus.

De acordo com boletim recebido do Instituto de Tecnologia da Califórnia, Caltech, a probabilidade de ocorrerem novos abalos secundários de forte intensidade nos próximos sete dias é de aproximadamente 30%. Esse número cai para 10% quando se trata de abalos maiores que 5.4 graus, mas poderão ocorrer entre 12 e 40 eventos de pequena intensidade nos próximos 7 dias. De acordo com a universidade, essas previsões são baseadas em estatísticas típicas para o Estado da Califórnia e não são previsões absolutas.

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O Grande Abalo
Apesar da região da Grande Los Angeles ser uma área sismicamente ativa e eventos de baixa intensidade serem considerados normais, o tremor dessa terça-feira causou grande preocupação entre os mais de 13 milhões de habitantes que ali vivem. De acordo com o Instituto de Pesquisas Geológicas dos EUA, USGS, o Estado da Califórnia tem mais de 99% de chances de ser atingido, nos próximos 30 anos, por um grande terremoto superior a 6.7 graus. Além disso, existem 46% de possibilidades para a ocorrência de um poderoso abalo 7.5 graus, que os habitantes chamam de "Big One"


Falha de San Andreas
O motivo principal para a ocorrência de tremores naquela região é a falha geológica de Santo André (ou San Andreas), que se prolonga por 1300 quilômetros através do Estado da Califórnia e marca a divisão entre as placas tectônicas norte-americana e do Pacífico. Nesta região a placa norte-americana desliza em sentido sudeste a 14 mm por ano enquanto a placa do Pacífico se desloca em sentido oposto, a 5 mm por ano. Esse deslizamento entre as placas provoca grande instabilidade em todo o Estado da Califórnia e foi a causa do violento terremoto de São Francisco em 1906.

De acordo com especialistas, um abalo de grande intensidade poderá causar a separação da Califórnia do resto do continente americano.

Segundo o USGS, apesar do terremoto desta terça-feira ter se localizado próximo à costa, o mecanismo que deu origem ao evento não está relacionado à falha de San Andreas, mas em falhas geológicas existentes no interior do continente próximo às falhas reversas de Puente Hills e de Whittier, e que ainda não está documentada.

Atualmente estão catalogadas mais de 300 falhas em todo o Estado.

Fotos: No topo, mapa do Estado da Califórnia mostra a localização da falha de San Andreas e o movimento das placas tectônicas do Pacífico e Norte-americana. Credito: Adaptado de Wikmedia Commons. No detalhe, reservatório de Crystal Springs, formado no interior da falha de San Andreas. A estrada ao lado é interestadual 280. Crédito: Universidade de Stanford, EUA.

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