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Quinta-feira, 3 abr 2014 - 09h09
Por Rogério Leite

Tremores voltam a atingir o Chile. Ouça o som do terremoto.

Um dia após o intenso terremoto de 8.2 que atingiu a costa chilena, réplicas de forte intensidade continuam a serem registradas na mesma região. Uma delas atingiu 7.6 magnitudes e disparou novos alertas de tsunamis. Ouça também o som do terremoto, gravado em São Paulo.

A poderosa réplica foi registrada a apenas 19 km ao sul de Iquique às 23h43 de quarta-feira pelo Horário de Brasília e teve seu hipocentro estimado a 40 km de profundidade, abaixo das coordenadas 20.40S e 70.13W. Essa localização é 80 km mais próxima da costa que o evento precedente principal de 8.2 magnitudes, ocorrido 27 horas antes.

Um evento de 7.6 magnitudes libera a mesma energia que 188 bombas atômicas similares à que destruiu a cidade de Hiroshima em 1945.

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Há mais de 15 dias que a região norte do Chile está sendo atingida por uma série de abalos, precursores do sismo de 8.2 magnitudes. Depois desse, cerca de 100 réplicas moderadas, fortes e intensas já foram detectadas e provavelmente deverão continuar pelos próximos meses.

Terremotos e réplicas do terremoto de 01 de abril de 2014 no Chile
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Causas
Todas os tremores observados na maior parte da região andina tem como causa a subducção da placa de Nazca, que mergulha em sentido leste abaixo da placa sul-americana à razão de 65 milímetros por ano. Esse movimento é constante ao longo do tempo e faz a energia se acumular devido ao aumento da pressão entre as placas. Quando o limite da resistência de algum ponto é ultrapassado ocorre a ruptura, que libera a energia armazenada e eleva abruptamente a borda da placa sul-americana na região da ruptura.

Se o terremoto é muito intenso, regiões vizinhas ao ponto de ruptura também ficarão fragilizadas, o que pode gerar novos tremores.


Réplicas e sua Duração
Após um terremoto de grande magnitude é normal o surgimento de múltiplos tremores de menor intensidade. Esses eventos são chamados de réplicas ou aftershocks e muitas vezes são extremamente intensos, causando danos tão severos quanto o evento principal.

As réplicas que ocorrem após os terremotos de grande intensidade podem durar muito tempo, até mais de um ano e sempre ocorrem ao longo da mesma falha próximas ao local da ruptura, que muitas vezes só pode ter seu tamanho estimado através de uso de modelos computacionais.

Não existe um consenso científico de quando um abalo deixa de ser uma réplica para ser um novo terremoto, mas após um longo período de inatividade detectada na mesma zona o tremor já pode ser considerado um novo evento, sem relação com o sismo anterior.

O tempo para isso também não é fixo, mas para terremotos de grande magnitude um período de calmaria de aproximadamente um ano pode ser considerado satisfatório.


Artes: No topo, o som do terremoto de 8.2 magnitudes registrado em sismógrafo do Apolo11 na cidade de São Paulo. O sismograma foi acelerado 300 vezes para permitir que os sons de baixa frequência se tornassem audíveis.Acima, mapa mostra a localização dos tremores entre 1 e 3 de abril de 2014. Créditos: Apolo11.com.

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