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Quinta-feira, 11 nov 2010 - 08h43

Cinzas do vulcão Merapi chegam à costa oeste da Áustrália

Há duas semanas o vulcão Merapi, na Indonésia, vem apresentando atividade quase constante, expelindo densas nuvens de cinzas, pedaços de rochas e dióxido de enxofre, um gás incolor prejudicial à saúde humana. Apesar das evacuações generalizadas de milhares de famílias que moram na região central de Java, próximas ao Monte Merapi , a intensidade das erupções fez o número de vítimas crescer nos últimos dias e segundo balanço oficial, 191 pessoas já morreram.

Nuvem de dióxido de enxofre produzida pelo vulcão Merapi próxima à Austrália
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Uma imagem produzida pela agência espacial americana (Nasa), mostra a dimensão do problema. Através de um Instrumento de Monitoramento do Ozônio, a região foi mapeada entre os dias 4 e 8 de novembro. As maiores concentrações do dióxido de enxofre aparecem na imagem nas cores vermelha e marrom próximo ao Monte Merapi. Se afastando da região, o gás se estende por quilômetros sobre o Oceano Índico e chega até a costa australiana. Na área laranja o dióxido de enxofre também está presente, porém em menor concentração.

Na quarta-feira (9), o Centro de Consulta das Cinzas Vulcânicas Darwin (Darwin VAAC), fixado na Austrália, informou que a nuvem de dióxido de enxofre estava sendo observada a cerca de 12 mil a 15 mil metros na atmosfera.

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A situação é preocupante pois segundo especialistas, os efeitos do dióxido de enxofre dependem da quantidade emitda e da altutide onde ocorre a emissão. Perto do solo, o gás traz irritações na pele, nos olhos e no sistema respiratório. Em altitudes elevas, o dióxido de enxofre pode sofrer uma série de reações químicas que afetam o meio ambiente.

Deslocamento da nuvem de dióxido de enxofre produzida pelo vulcão Merapi próxima à Austrália

Um das consequências, por exemplo, é que em contato com o vapor d’água, o dióxido de enxofre pode gerar o ácido sulfúrico elevando o risco de chuvas ácidas.

A nível global, outras reações químicas podem criar aerossóis que persistem no ambiente por meses ou anos, refletindo a luz solar e provocando uma diminuição da temperatura na Terra. Por causa da localização geográfica do Monte Merapi, uma grande emissão de dióxido de enxofre na estratosfera poderia ter um impacto grande.

“Por enquanto, as erupções do início de novembro liberaram apenas 1% do dióxido de enxofre liberado pela erupção do Monte Pinatubo em 1991, nas Filipinas e que teve um efeito mensurável nas temperaturas globais”, explica o cientista Simon Carn, da Universidade Tecnologica em Michigan.

Desde o dia 26 de outubro quando entrou em erupção, o vulcão desalojou mais de 320 mil pessoas num perímetro de 20 quilômetros do Monte Merapi, de acordo com a Agência de Gestão de Desastres Nacional. Milhares de hectares de plantações foram queimados e a camada de cinzas já cobriu diversos povoados deixando um cenário de guerra.


Fotos: A imagem produzida pela agência espacial americana, mapeou a concentração de dióxido de enxofre expelido pelo vulcão. A maior concentração do gás está nas áreas mais escuras, em vermelho e marrom. Nesta quarta-feira, dia 9, as cinzas e o gás chegaram à costa da Austrália. Na segunda imagem vemos o deslocamento da nuvem sulfúrica, captada pelo instrumento GOME-2 a bordo do satélite MetOp. Crédito: NASA/EUMETSAT/APOLO11.COM.

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