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Ciência, Espaço e Tecnologia


Editoria: Astronomia
Quarta-feira, 24 abr 2024 - 10h18

Novas evidências apontam para novo planeta dentro do Sistema Solar

Não é de hoje que diversos pesquisadores estudam as estranhas anomalias orbitais em objetos localizados além da orbita de Netuno. As suspeitas iniciais eram de que algo muito grande estava alterando as orbitas de alguns objetos. Agora, novas pesquisas aumentaram essa desconfiança e um grande planeta dentro do Sistema Solar, o Planeta 9, pode ser o responsável pelas anomalias.

Anomalia da orbita de alguns objetos transnetunianos pode ser explicada pela presença de um grande objeto além da orbita de Netuno.
Anomalia da orbita de alguns objetos transnetunianos pode ser explicada pela presença de um grande objeto além da orbita de Netuno.

As primeiras suspeitas sobre a possibilidade de existir algum objeto muito grande e desconhecido além da órbita de Netuno começaram em 2015, após dois astrônomos do Caltech apresentaram evidências de que seis objetos transnetunianos estavam agrupados de forma bastante estranha.
De acordo com os pesquisadores, esse estranho agrupamento sugeria que os corpos estavam sendo “conduzidos” por algo com grande interação gravitacional, possivelmente um novo planeta, ainda desconhecido.

Agora, um novo estudo feito pelos mesmos pesquisadores analisou objetos de longo período orbital que cruzaram o caminho da órbita de Netuno e descobriram que o ponto orbital mais próximo do Sol era cerca de 15 a 30 unidades astronômicas (UA), lembrando que 1 UA é a distância média entre o sol e a Terra.

De acordo com Konstantin Batygin, professor de ciências planetárias junto ao Caltech e um dos autores do trabalho, a modelagem computacional mostrou que a existência de um planeta massivo além da região de Netuno é a melhor solução que consegue explicar a estranha dinâmica desses objetos. Segundo, Batygin, as simulações incluíram diversas possibilidades e nenhuma delas, com exceção da existência de um grande planeta nas cercanias, conseguiu alterar com tanta precisão a orbita dos objetos estudados.

Embora o resultado das simulações seja de fato intrigante, a análise não conseguiu restringir o local onde procurar o chamado Planeta 9, mas para Batygin, talvez não seja necessário muito tempo para que esse corpo seja encontrado.

“É emocionante que a dinâmica aqui descrita, juntamente com todas as outras linhas de evidência para a existência de um novo planeta, irá em breve enfrentar um teste super rigoroso, pois coincidirá com o início das operações do Observatório Vera Rubin, que promete fornecer informações críticas sobre os mistérios que ainda envolvem os confins do nosso sistema solar, especialmente além da orbita de Netuno", explicou Batygin.


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