Siga o Apolo11 no Facebook   Siga o Apolo11 no Twiiter
Ciência, Espaço e Tecnologia

Lunetas e Telescopios

Paulo

14/12/2008
19h16
O inimigo que vem do céu
Categoria: Astronomia e Astrofísica

Eu nunca dei importância para reportagens que falam de cataclismas de origem espacial, geralmente divulgados por sites sem nenhuma credibilidade, que gostam de explorar certos assuntos com sensacionalismo.

Essa semana saiu uma reportagem na revista "Isto É", ela pode ser lida na íntegra no endereço abaixo:

http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2041/artigo119182-1.htm

Chamou-me atenção esse parágrafo:

"Todos os dias, a Terra é bombardeada por cerca de seis mil asteróides. Pelos nossos cálculos, esse número irá aumentar exponencialmente para quase um milhão em 2020", declarou na semana passada, em Viena, o ex-astronauta da Nasa Russell Schweickart, presidente do Painel Internacional sobre a Redução da Ameaça de Asteróides (IPATM).

A revista não explica: por quê o número de asteróides iria aumentar exponencialmente em 2020? Baseado em que pode-se afirmar isso? Alguém já leu algo a respeito que mereça crédito?


Gabriel

14/12/2008
20h24
Eu li no site e concordo com Schweickart,a hipótese das 2 saídas para defender a Terra,o desvio poderia ser um fracasso,pois e se o asteróide se partisse em dois?Ou em três?Ou em quatro?Todos atingiriam a Terra?Para escapar a nave em forma de escudo seria bem melhor,pois a nave tinha que ter outras naves menores para tirar os tripulantes antes do impacto.E este escudo seria feito de que material?Diamantes?Aço?

Mas sobre este aumento nos mini-impactos na atmosfera eu não sei não,será que há algo que só os cientistas sabem que nós não sabemos?Talvez para evitar o pânico.

Eu não estou afirmando nada,foi só uma coisa que me passou pela cabeça agora.


Gilda

14/12/2008
20h49
Olá Paulo!

A afirmação do ex-astronauta está baseada na capacidade de descobrir novos asteróides, uma vez que a cada dia os métodos e instrumentos estão mais precisos.

Se hoje temos mais ou menos 6 mil objetos descobertos e com suas órbitas calculadas, em 2020 o número de descobertas, segundo o pesquisador, irá chegar a 1 milhão.

É importante notar que Schweickart é presidente de uma empresa que desenvolve possíveis soluções anti-impacto e tem interesse direto na captação de verbas. Em 2006 ele tentou um financiamento de 200 milhões de dólares do Congresso americano, mas não conseguiu.

O Apolo11 tem algo sobre Schweickart:

https://apolo11.com/cometa_73p.php?posic=dat_20070219-094904.inc

Gilda


Cláudio

17/12/2008
23h55
Olá Paulo

Não sei se você já conhece o(JPL),sigla em inglês que quer dizer Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.Este centro coordena os programas espaciais da Nasa,nele você pode encontrar muitas informações sobre asteróides.

Em 21 de Março 2014 está previsto passar um asteróide muito próximo da Terra o 2003QQ47,se você ou até mesmo outros do fórum estiverem interessados e quiserem dar uma conferida é só acessar o link abaixo.

http://neo.jpl.nasa.gov

Clicar em Orbit Diagrams,é só colocar o código do asteróide,ai vai aparecer um simulador das órbitas dos planetas e do asteróide,no canto esquerdo mostra a distância entre a Terra e o Sol e você pode colocar o simulador para movimentar,tanto para frente como para trás.

Abraço


Paulo

18/12/2008
07h29
Oi Cláudio,

Muito interessante o site sugerido, obrigado pela dica. Estou saindo para o trabalho, olhei-o superficialmente, mais tarde pretendo vê-lo com atenção.


França

18/12/2008
13h28
Prezados,

Os editores de revistas deveriam ter atenção redobrada quando publicam matérias que não são de seu domínio.

Já me deparei com vários erros grosseiros publicados até mesmo por revistas de credibilidade. O problema é que o leitor fica enganado.

No caso em questão, a Terra não é bombardweada todos os dias por ASTERÓIDES e sim por METEORÓIDES (gentileza colsultar glossário astronômico), que são partículas de vários tamanhos, a maioria pedriscos, que têm origem nos detritos deixados pelos cometas.

Chamar Meteoróide de Asteróide é um erro catastrófico!

Para finalizar, esse Schweickart só quer vender o peixe dele.


vivian2008

18/12/2008
15h11
Amigo França...acho que também esta precisando voltar a consultar o glossário astronomico ou houveram mudanças que eu desconheço? Pelo que sei, meteoroide não toca o solo pois passa por processo de combustão antes disso. Acho que ainda se dá o nome de METEORITO aos resíduos dele que conseguem cair na terra...portanto, acho que sua observação foi equivocada.

cosmonauta

19/12/2008
00h29
Vivian 2008 e demais amigos.

Existem dois tipos de objetos que podem colidir com a Terra.

Asteróides assim como Cometas são objetos maiores, com órbitas e podem ser monitorados.( são em menor número)

Meteoróides são fragmentos de Asteróides ou de Cometas, que vagam pelo espaço.

São esses que atingem a Terra diariamente.

Ao entrarem na atmosfera se incandescem e são chamados de Meteoros.

Se um desses atingir o solo então se chamará Meteorito.

Acho que o França, ao falar de meteoróides que bombardeiam a Terra, não se referiu a Meteoritos que atingem o solo, mas que atingem a atmosfera, (que faz parte do planeta) e viram meteoros.

Ele está certo também quando diz que a imprensa mistura tudo, por não dominarem o assunto, e o que é pior, para ser lida por pessoas desconhecedoras totalmente e que pode com isso, gerar amedrontamento geral.

Um abraço a todos.


vivian2008

19/12/2008
12h12
Tudo bem...você até pode ter razão em algum coisa, mas vamos as vias de fato. O link já citado (neo.jpl.nasa.gov), por exemplo, traz a seguinte matéria:

A spectacular fireball lit up the predawn sky above Northern Sudan on October 7, 2008. This explosion was caused by the atmospheric entry of a small near-Earth asteroid. Although such small impact events occur several times per year around the globe, this case was unprecedented because the asteroid was actually discovered the day before it reached the Earth and the impact location and time were for the first time predicted in advance.

Vamos traduzir: uma espetacular bola de fogo acendeu o céu da (pré)madrugada sobre Northern Sudan no dia 7 de outubro de 2008. Essa explosão foi causada pela entrada atmosferica de um pequeno asteroide perto da Terra. Apesar de impactos tão pequenos acontecerem várias vezes ao ano em todo o globo, esse caso foi sem precedentes pq o asteroid foi descoberto um dia antes de ter alcançado a Terra, e o local de impacto e hora, pela primeira vez foi previsto.

Faz de conta que eu sou essa imprensa maldita que incorre em erros... onde eu errei na minha tradução?? A propria agencia espacial menciona asteroide porque se quisesse fazer referencia a meteoro, meteorito ou meteoroide o teria feito, meteor, meteorit ou meteoroid...certo???

Acho que a interpretação dos que leem compromete muito mais o texto do que as revistas que traduzem as informações.


França

19/12/2008
13h34
Prezada Vivian,

1)Nosso amigo Cosmonauta prestou ou devidos esclarecimentos de forma perfeita.

2)O erro na tradução, não sua, mas de quem a publicou, é que o bólido em referência não é um Asteróide, pois estes corpos celestes possuem de dezenas a centenas de metros de largura, e a colisão de qualquer um deles com a Terra produziria um evento semelhante ao evento KT (que originou a extinção dos dinossauros.

3)Não existe aumento na quantidade de Asteróides, pois isso significaria que o Sistema Solar ainda está em franca produção. Existe sim colisão entre Asteróides (raras hoje em dia) que poderiam se fragmentar.

4)Pega leve!

Um abraço


Victor Hugo

19/12/2008
15h26
Não sei onde que li, que a terra está ficando cada vez mais proximo do cinturão de asteroides que fica entre Marte e Jipiter.

Gilda

19/12/2008
18h25
Olá a todos!

Ao meu ver, a interpretação da Vivian com relação ao objeto que caiu no norte do Sudão está correta. O objeto era de fato um asteróide e teve inclusive sua órbita calculada e recebeu até nome: 2008 TC3.

Agora, claro que não é todos os dias que um asteróide cai na Terra. O França também tem razão quando diz que algumas revistas traduzem ou interpretam errado um texto que vem das agências de notícias, mas isso não invalida a matéria, que se corretamente interpretada pode trazer informações bastante interessantes.

Gilda!


vivian2008

19/12/2008
20h36
Victor, realmente eu nunca li nada a respeito de aproximação entre a Terra e o Cinturão de Asteróides. Confesso que minha ignorância não permite nem mesmo imaginar essa possibilidade, por isso acho melhor esperar que alguem de mais conhecimento possa no falar sobre isso.

Mas, me passou pela cabeça,e aproveitando que o assunto está em pauta, que nesse caso possa mesmo ter havido algum erro de tradução, veja bem... é muito comum nos sites científicos, quando o assunto é o Cinturão de Asteróides, usarem frases do tipo "... to come near to the Earth... ou ... come very close to the Eart... e etc, entretanto eles estão sempre se referindo aos asteroides que se deslocam do cinturão por uma "perturbação" gravitacional na orbita de Jupiter e esses (NEO) é que se movem se aproximando da terra.

Abraço aos amigos do A11

Importante: Todos os posts são de total responsabilidade dos seus autores e não refletem necessariamente a opinião do Apolo11.com. Informações sobre nossa Política de Privacidade podem ser encontradas no rodapé da página.

Apolo11.com - Todos os direitos reservados - 2000 - 2024
Política de Privacidade   |     Termo de Uso e Licenciamento   |  -   Entre em Contato

"Ninguém pode construir sua segurança com base na nobreza de alguém" - Willa Cather