Quarta-feira, 7 jan 2009 - 09h00
2008 bate recorde de vítimas por desastres naturais
Apesar do número de desastres naturais ter caído em relação ao ano retrasado, em 2008 os fenômenos naturais provocaram mais vítimas e prejuízos. Segundo um relatório anual divulgado em Berlim, pelo menos 220 mil pessoas morreram em consequência das tragédias.
![]() "Esses números confirmam a tendência de longo prazo que estávamos prevendo. As mudanças climáticas já começaram e é muito provável que aumente a frequência de extremos meteorológicos que provoquem catástrofes". A afirmação é de Torsten Jeworrek, analista de riscos da Munich Re, uma das maiores seguradoras do mundo, sediadas na Alemanha.
Alguns dias depois um violento terremoto de 7.8 graus atingiu a província de Sichuan, na China, deixando 70 mil mortos, 18 mil desaparecidos e quase 5 milhões de pessoas sem casa. Em janeiro mil pessoas perderam a vida em consequência de uma severa nevasca que atingiu a região do Afeganistão, Quirguistão e Tadjiquistão, na Ásia central. As fortes enchentes que atingiram a Índia, Nepal e Bangladesh no mês de agosto contribuíram com 700 mortes. Em junho foi a vez do tufão Fengshen atingir a China e as Filipinas, deixando um saldo de 600 vítimas. Em outubro, um terremoto de 6.5 graus matou 300 pessoas no Paquistão.
Na Europa, um intenso sistema de baixa pressão, formado em março e batizado de Emma, causou estragos avaliados em 2 bilhões de dólares. Em maio e junho foi a vez da tempestade Hilal, que causou prejuízos de mais de 1 bilhão de dólares.
Anteriormente, em 2005 as perdas chegaram a 200 bilhões de dólares, quando um grande número de furacões atingiu o sul dos EUA. Em 1995 o terremoto de Kobe, no Japão, contribuiu para perdas globais avaliadas em 125 bilhões de dólares.
De acordo com o relatório do Munich Re os dez anos mais quentes da história ocorreram nos últimos doze anos. "É muito provável que o progressivo aumento da temperatura da atmosfera seja devido à emissão de gases do efeito estufa gerados pela intensa atividade humana. A máquina climática está rodando a toda velocidade, produzindo cada vez mais eventos severos no planeta", disse Jeworrek. De acordo com o pesquisador, o número de ciclones tropicais no Atlântico Norte em 2008 foi muito maior que a média de longo prazo. Em termos de número total de tempestades e furacões de grande porte, 2008 foi a quarta mais severa temporada de furacões. "O mundo precisa de fato criar regras claras sobre a emissão de CO2, de modo que as próximas gerações não tenham que conviver com cenários climáticos de difícil controle", afirmou Jeworrek.
LEIA MAIS NOTÍCIAS
Se você precisa de uma base de dados de latitude e Longitude das cidades brasileiras, clique aqui.
|
Apolo11.com - Todos os direitos reservados - 2000 - 2023
"A melhor ação é aquela que assegura a maior felicidade ao maior número de pessoas" - Francis Huttcheson -