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Sexta-feira, 21 nov 2008 - 10h01

Água, muita água. Cientistas descobrem geleiras subterrâneas em Marte

Após mais de um ano de estudo dos dados captados pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, MRO, cientistas norte-americanos confirmaram a presença de gigantescas geleiras a poucos metros abaixo da superfície do planeta vermelho. Ao contrário de outros depósitos confirmados, as geleiras descobertas estão localizadas longe dos pólos do planeta.

A descoberta foi após longa análise dos dados captados pelo Radar de Penetração de Solo a bordo da MRO e mostram que as geleiras se estendem por dezenas de quilômetros a partir da base de montanhas. Segundo o cientista John Holt, da Universidade do Texas, uma das geleiras descobertas é maior que a cidade de Los Angeles (equivalente ao município do Rio de janeiro) e tem espessura de quase 1 km.

"O que nos deixa bastante animados é o fato das geleiras estarem em latitudes baixas, longe dos pólos. Detectamos diversas delas e sem dúvida essa descoberta é de importância vital para os futuros exploradores do planeta", explica Holt.

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Enigma
Desde a década de 1970, quando as naves Viking se aproximaram do planeta pela primeira vez, os cientistas se mostraram bastante intrigados com aquilo que são conhecidos como aprons ou aventais, áreas levemente inclinadas e pedregosas situadas à base dos acidentes geográficos mais altos. Uma das teorias é a de que esses aventais poderiam ser fluxos de fragmentos rochosos, lubrificados por pequenas quantidades de gelo. Agora, com auxílio dos dados do radar de baixa profundidade esse enigma marciano pode estar chegando ao fim.

"Os resultados são bastante conclusivos e apontam a presença de grandes quantidades de água congelada nestas regiões", disse Ali Safaeinili, membro da equipe que estuda os dados do radar junto ao JPL, laboratório de propulsão a jato, da Nasa.


A Descoberta
O Radar de Penetração de Solo foi projetado para examinar as latitudes médias da superfície marciana e depósitos de água nas capas polares e foi desenvolvido pela Agência Espacial Italiana em cooperação com a universidade de Roma.

Os ecos do radar disparados contra a superfície e recebidos pela sonda indicavam que as ondas eletromagnéticas estavam atravessando os aventais e refletindo em uma superfície mais profunda sem perda significativa de intensidade. Isso era esperado somente se as áreas dos aventais fossem compostas de grande quantidade de gelo, abaixo de uma cobertura mais fina. Caso os depósitos fossem formados por fragmentos de rocha, os pulsos de radar sofreriam reflexões que seriam detectadas.

Segundo os cientistas, a aparente velocidade de propagação das ondas através dos aventais também era consistente com a presença de água congelada.

Os depósitos foram descobertos abaixo da Bacia de Hellas, no hemisfério sul de Marte e segundo o geólogo Jeffrey Plaut, do JPL, o fato deles se localizarem entre as latitudes 35 e 60 graus em ambos os hemisférios, pode indicar que algum mecanismo climático os tenha deslocado até essas regiões.


Arte: Concepção artística mostra as geleiras subterrâneas. Crédito: NASA/JPL.

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