Quarta-feira, 25 nov 2020 - 09h07
Por Rogério Leite
Ao que tudo indica, o Sol acordou mesmo!
A aparência da superfície solar não lembra mais aquela quietude que dominou o astro-rei por um bom tempo. De uns dias pra cá, diversas manchas surgiram na fotosfera e os flares de raios-x de classe C já são observados novamente. O Sol acordou mesmo!
![]() Registro do Sol em comprimento de onda da luz visível mostra diversas regiões ativas, com destaque para a mancha AR2786, de 1.155 bilhão de quilômetros quadrados, mais de duas vezes a área da Terra. Uma foto feita da superfície do Sol neste momento não deixa dúvidas da volta da atividade estelar. Em um único clique, cinco regiões ativas mancham a superfície branca da estrela. Uma dessas manchas é tão grande que poderia abrigar facilmente pelo menos dois planetas Terra. Batizada de AR2786 (região Ativa 2786), a mancha se desenvolve a partir do leste solar em seu hemisfério Sul e deve ficar faceada com a Terra nos próximos dias. De acordo com o Centro de Previsão de Clima Espacial, SWPC, AR2786 ocupa aproximadamente 380 milionésimos da superfície da estrela, ou 1.155 bilhão de quilômetros quadrados, mais de duas vezes a área da Terra. A mancha AR2786 é uma feição magnética do tipo Beta, com capacidade de provocar pequenas ejeções de massa coronal, CME. Entretanto, como está em desenvolvimento, é possível que seu crescimento a transforme em uma feição magnética mais complexa, possivelmente do tipo Beta-Gama, com capacidade de produzir poderosos flares de raios-x de classe-M.
![]() Gráfico mostra a atividade solar no comprimento de onda dos raios-x. O destaque fica por conta de quatro flares de classe-C produzidos pela Região Ativa AR2785, em 23 de novemnro de 2020. Crédito: Apolo11.com. Além desses dois grupos, outra feição que ainda está visível é a região ativa AR2783, composto por duas manchas maiores que ocupam 100 milionésimos do disco solar. Magneticamente é similar à AR2787, mas bem menor.
O Sol está lentamente voltando ao seu normal de atividade e espera-se que mais manchas se formem ao longo do tempo. Ainda não é possível saber se teremos tantas manchas quanto tínhamos até 2014/2015, mas o surgimento sistemático de regiões ativas é um indicativo bastante claro que o Sol não está mais apagado como antes. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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