Sexta-feira, 5 jan 2007 - 10h00
Previsões feitas por cientistas britânicos indicam que 2007 será o ano mais quente desde que as temperaturas começaram a ser registradas no final da década de 1860. Segundo os especialistas, a tendência de elevação das temperaturas é motivada principalmente pelo fenômeno do aquecimento global aliado ao El Nino.
De acordo com a climatologista Katie Hopkins, chefe do Centro Meteorológico da Grã-Bretanha, essa combinação de fatores deverá provocar uma elevação nas temperaturas médias, superior ao verificado no recorde de 1998. Na nota divulgada, o centro britânico também confirmou que 2006 foi o sexto ano mais quente da história.
"Esta constatação é outra advertência de que as mudanças climáticas estão ocorrendo em rítimo mais acelerado do que esperávamos", disse a cientista. A previsão, feita pelo centro britânico, indica que temperatura média global deverá ficar 0.54 ºC acima da média de longo prazo de 14ºC, apurada entre 1961 e 1990. Ainda, segundo o centro, há 60% de possibilidades que 2007 seja tão ou mais quente que o ano recordista de 1998. Naquela ocasião o aumento médio da temperatura foi 0,52º acima da média de longo prazo. O gráfico mostra a tendência de elevação da temperatura ao longo dos anos. Observe o recorde de 1998. Outro relatório, divulgado pela ONU nesta quinta-feira, também mostra que nos últimos 150 anos, os 10 anos mais quentes ocorreram a partir de 1994, confirmando a escalada das temperturas. Simulações feitas em supercomputadores pelos principais centros de pesquisa mundial indicam que as temperaturas subirão entre 2ºC e 6ºC neste século, impulsionadas principalmente pelas emissões crescentes de carbono, liberadas pela queima incompleta de combustíveis fósseis, destinados à produção de energia e transporte. Segundo os pesquisadores, esse aumento de temperatura será o responsável pelo derretimento das calotas polares, aumento dos níveis do mar e mudanças nos padrões climáticos, causando enchentes, tempestades violentas e problemas sérios de sustentação alimentar. Atualmente esses efeitos já são facilmente visíveis, como o avanço do mar em direção às regiões agrícolas costeiras da África e rupturas de enormes geleiras no Ártico canadense, entre outros. O Protocolo de Kyoto, o único plano de ação global para conter as emissões de carbono, termina em 2012. Desde que foi assinado, não é aceito pelos EUA, maior responsável pela emissão de gases, além de não ser obrigatório para as principais economias em franco desenvolvimento como China e Índia.
Todo o processe que cria o efeito estufa é natural. Caso não existisse, a temperatura da superfície seria cerca de 34 graus mais baixa, praticamente impedindo a vida na Terra. Alguns gases, como o CO2 (dióxido de Carbono) criam uma espécie barreira, exatamente igual a uma estufa, daí o nome do efeito. Essa barreira deixa passar livremente os raios solares mas impede que o calor saia. Pelo exposto, é fácil concluir que um aumento no nível de CO2 na atmosfera aumentará a quantidade de calor aprisionado. Esse aumento de temperatura pelo efeito estufa é a causa primária do fenômeno do aquecimento global. Como se vê, o Efeito Estufa gerado naturalmente pela natureza é fundamental para a vida na Terra. No entanto, se a composição dos gases for alterada, para mais ou para menos, o equilíbrio térmico da Terra também sofrerá mudanças. O CO2 é responsável por cerca de 64% do efeito estufa e é formado pela queima incompleta dos combustíveis fósseis, entre eles o petróleo, gás natural, carvão e a desflorestação. A foto do topo da página mostra uma enorme geleira na região do Ártico, onde os efeitos do aquecimento global já podem ser verificados . LEIA MAIS NOTÍCIAS
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"As composições de Bach são desprovidas de beleza, harmonia e claridade melódica" - Johann Adolf Scheibre - crítico musical em 1773 -