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Segunda-feira, 22 jan 2007 - 08h40

Aquecimento Global: novos estudos indicam seca extrema na Região Amazônica

Todas as projeções, feitas por cientistas de diversos países, mostram que se as autoridades não agirem com determinação, em breve a Terra será um planeta hostil, com temperaturas elevadas e de difícil sobrevivência.

Os relatórios são publicados quase todos os dias. Todos apontam como causa principal a emissão descontrolada dos gases do efeito estufa, além do desmatamento indiscriminado das florestas tropicais. No entanto, a difícil solução do problema, que esbarra em interesses econômicos gigantescos, parece não despertar o interesse dos governantes, obrigados a lidar com os problemas imediatos.

O problema do aquecimento global é tão sério que forçou o Boletim dos Cientistas Atômicos a adiantar em alguns minutos o Relógio do Juízo Final, um instrumento simbólico que mede o tempo que resta para o fim do mundo. O Boletim é formado por importantes nomes da ciência, entre eles 17 Prêmios Nobel, incluindo o físico Stephen Hawking.

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Leia a matéria: Cientistas atômicos adiantam o Relógio do Juízo Final

Um novo trabalho, envolvendo a rede britânica BBC, a Universidade de Oxford e cientistas do Conselho de Pesquisas de Meio-Ambiente, todos ingleses, confirma que a região amazônica, juntamente com os desertos centrais da China e da África, além das regiões extremas do Pólo Norte, serão extremamente afetados pelo aumento da temperatura nas próximas décadas.

O estudo mostra que a temperatura da Amazônia pode atingir 10ºC a mais do que há 100 anos atrás. Para 2020, que já bate à nossa porta, as temperaturas nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil podem ficar 2º C mais quentes que às verificadas em 1970.

A pesquisa concorda em todos os aspectos com outro trabalho, divulgado na mesma semana pela revista científica Geophysical Research Letters. Nele, cientistas suíços ligados à universidade de ETH, em Zurique, traçam um novo panorama ambiental para os próximos 60 anos, concluindo que as Américas Central e do Sul, o centro africano e o norte do Canadá serão extremamente afetados. O estudo cita que a floresta tropical da amazônia e as regiões da Bacia do Congo podem enfrentar cerca de 13 anos de seca extrema e ininterrupta entre 2071 e 2100.


Supercomputador
Para chegar às novas conclusões, o grupo inglês não utilizou supercomputadores independentes, mas um conjunto de 250 mil computadores pessoais espalhados em 171 países, entre eles Suriname, Suazilândia e Togo.

O trabalho, feito de forma voluntária, utilizou um pacote de softwares instalado nas máquinas, e operou durante 3 meses nos momentos em que não eram utilizados por seus proprietários. Cada processamento individual era enviado a um servidor central, instalado no Escritório Meteorológico da Grã-Bretanha, que rodava um modelo numérico de previsão climática global.

"Quando começamos os trabalhos, achávamos que bastaria 10 mil voluntários", disse o coordenador do projeto, Nick Faull, da Universidade de Oxford. De acordo com Faull, juntos, os computadores têm mais capacidade de processamento que apenas um supercomputador.

"A capacidade de processamento de cada computador pessoal individualmente, processando um modelos específico é maior do que os supercomputadores disponíveis para as pesquisas climáticas", ele disse.

"Também é fantástico envolver o público nas pesquisas sobre o clima."


Efeito Estufa
Durante o dia, uma parte da energia irradiada pelo Sol é captada e absorvida pela superfície da Terra, enquanto outra parte é irradiada de volta para a atmosfera. De uma forma natural, os gases que existem na atmosfera funcionam como uma espécie de capa protetora que impede que o calor se disperse totalmente para o espaço exterior. Isso evita que durante a noite o calor se perca, mantendo o planeta aquecido durante a ausência do Sol.

Todo o processe que cria o efeito estufa é natural. Caso não existisse, a temperatura da superfície seria cerca de 34 graus mais baixa, praticamente impedindo a vida na Terra.

Alguns gases, como o CO2 (dióxido de Carbono) criam uma espécie barreira, exatamente igual a uma estufa, daí o nome do efeito. Essa barreira deixa passar livremente os raios solares mas impede que o calor saia.

Pelo exposto, é fácil concluir que um aumento no nível de CO2 na atmosfera aumentará a quantidade de calor aprisionado. Esse aumento de temperatura pelo efeito estufa é a causa primária do fenômeno do aquecimento global.

Como se vê, o Efeito Estufa gerado naturalmente pela natureza é fundamental para a vida na Terra. No entanto, se a composição dos gases for alterada, para mais ou para menos, o equilíbrio térmico da Terra também sofrerá mudanças.

O CO2 é responsável por cerca de 64% do efeito estufa e é formado pela queima incompleta dos combustíveis fósseis, entre eles o petróleo, gás natural, carvão e a desflorestação.

Fotos: No alto da página, pescadores entre milhares de peixes mortos no Paraná do Manaquiri, a 150 km de Manaus. Em outubro de 2005 a região foi palco da maior seca de sua história. Na foto seguinte, tabuleta colocada pelo grupo ambientalista Greenpeace durante a seca na região Centro-Oeste da Amazônia. Os estudos mostram que se alguma medida mais concreta não for tomada, cenas bem piores do que estas serão corriqueiras na Região Norte do país. Créditos: Greenpeace.

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