Sexta-feira, 17 nov 2006 - 09h01
Aquecimento global continua com reflexos no Ártico e na África
Um novo estudo realizado por pesquisadores de diversos países para avaliar o impacto do aquecimento global no Ártico, revelou que os sinais do aquecimento continuam a surgir naquela região, com efeitos sobre a redução do gelo acima do mar e um crescimento significativo de arbustos na tundra.
![]() De acordo com o oceanógrafo James Overland, do Laboratório Ambiental Marinho do Pacífico, dos EUA, já foram registrados períodos de aquecimento pontuais, mas o que está ocorrendo atualmente é uma mudança em todo o Ártico. Segundo Overland, nos últimos cinco anos a temperatura de toda a região ficou 1ºC acima da média durante o ano inteiro. O relatório, divulgado ontem pela NOAA, Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, informa ter havido um aumento no fluxo de água quente através do Estreito de Bering entre 2001 e 2004, o que pode explicar a contínua diminuição dos blocos de gelo sobre o mar.
Durante esse período, a camada de gelo sobre o Ártico atingiu os menores níveis da história. Em 2006 a cobertura ficou próxima do normal, mas no lado atlântico do Ártico houve baixa recorde da camada de gelo. No passado, a mudança dos padrões era devido a uma redistribuição normal do gelo, com perdas de uma parte sendo compensadas por aumentos em outras. Segundo Overland, o que se verifica agora é uma perda da massa líquida do gelo, uma perda real. O estudo, realizado em conjunto por pesquisadores dos EUA, Canadá, França, Alemanha, Polônia, Noruega, Suécia e Rússia também confirma que desde que as análises por satélite começaram a ser feitas, essa foi a menor medição da cobertura de gelo verificada no Ártico. De acordo com o Greenpeace e a organização African Youth, os fenômenos extremos, já em andamento, farão com com que milhões de pessoas migrem para a Europa. A WWF, sigla para Fundo Mundial para a Natureza, levou à COP 12 diversos agricultores, pescadores e granjeiros da Tanzânia e Quênia. Os trabalhadores falaram das consequências que estão enfrentando devido às mudanças climáticas na África e alterações no regime das chuvas. Os trabalhadores foram apresentados como "Testemunhas Climáticas" e explicaram como os ciclos das chuvas apresentaram variações al longo das últimas décadas. De acordo com eles, essas variações impedem previsões confiáveis para a agricultura, refletindo diretamente na economia de milhares de famílias. Um pescador Tanzaniano, uma das "testemunhas climáticas", disse que nos últimos 50 anos o mar já avançou 200 metros dentro do povoado. Foto: No norte, o aquecimento global provoca o derretimento da camada de gelo. Na África, Juma Njunge Macharia, agricultor Tanzaniano, informou aos presentes na COP 12 que a alteração no regime das chuvas dificulta cada vez mais o trabalho em sua região. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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