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Sexta-feira, 24 mar 2017 - 10h19
Por Rogério Leite

Astrônomos brasileiros descobrem duas novas chuvas de meteoros

O dia 20 de março de 2017 se torna mais uma data importante para a ciência no Brasil. O Meteor Data Center, órgão ligado à União Astronômica Internacional incluiu, pela primeira vez na sua lista geral de chuvas de meteoros, duas descobertas feitas por brasileiros.

Chuva de meteoros August Caelids
Composição das órbitas dos meteoros do radiante August Caelids.

A descoberta dos novos radiantes, posições celestes de onde parecem partir os meteoros, foi realizada pelos pesquisadores ligados à BRAMON, Rede Brasileira de Observação de Meteoros, após três anos de coleta de dados.

As novas chuvas foram batizadas Epsilon Gruids (EGR) e a August Caelids (ACD) e estão localizadas nas constelações do Grou e do Cinzel, respectivamente.

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Desde 2014 a BRAMON tem realizado um trabalho extremamente valioso ao monitorar os céus do país e atualmente conta com 82 estações de automáticas, distribuídas em 19 estados. Desde que começou a funcionar, já registrou mais de 86 mil meteoros.


As Chuvas de Meteoros
Os trabalhos que culminaram com a descoberta tiveram início no final de 2016, quando os pesquisadores Carlos "Apodman" Di Pietro, de São Paulo e Marcelo Zurita, de João Pessoa, observaram que um grupo de meteoros parecia surgir de um único ponto no céu, mais precisamente na constelação do Grou.

Para confirmar de que se tratava de uma nova chuva de meteoros os pesquisadores precisaram realizar uma série de provas até que no final de janeiro de 2017, outro integrante da BRAMON, Lauriston Trindade, de Maranguape, CE, integrou o grupo de pesquisa com objetivo de auxiliar nos cálculos e conseguir a validação da descoberta.

“Foram centenas de cálculos e muita leitura envolvendo milhares de meteoros. Além disso, tivemos que desenvolver novas ferramentas matemáticas para facilitar o trabalho. Foi um mês de trabalho dedicado", disse Lauriston.

A Descoberta
Após a validação dos cálculos, feita por Apodman, o grupo concluiu que havia descoberto não só uma, mas duas novas chuvas de meteoros.

De posse dos dados orbitais, os pesquisadores enviaram os relatórios ao Meteor Data Center, órgão internacional que coordena e cataloga esse tipo de fenômeno. Finalmente, em 20 de março, União Astronômica Internacional reconheceu a descoberta.

Descobertas desta natureza possuem muitos significados para a comunidade científica, pois mostra o poder de uma rede de pesquisa voluntária e colaborativa, formada por cidadãos comuns que tem interesse em produção e divulgação científica.

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