Segunda-feira, 6 jun 2005 - 07h55
Atlas mostra dramática expansão urbana no planeta
Os habitantes dos centros urbanos são os principais responsáveis pelo aquecimento global, mas poucos efeitos são percebidos porque atingem principalmente, até agora, regiões isoladas e pouco habitadas.
A afirmação parte do diretor do Programa das Nações Unidas de Meio Ambiente (Pnuma), Klaus Töpfer, nas vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, que está sendo comemorado neste domingo. "As cidades usam grandes quantidades de recursos como água, alimentos e madeira enquanto também produzem uma grande quantidade de lixo", afirma Töpfer. "As pessoas que vivem em São Francisco (EUA) ou Londres devem olhar essas imagens de desmatamento ou degelo do Ártico e pensar o que elas têm a ver com isso. Mas seu impacto se estende além das fronteiras físicas, afetando países, regiões e o planeta como um todo."
Na sexta-feira, o Pnuma lançou um novo atlas ambiental que compara e contrasta imagens de satélite de mais de 80 pontos nas últimas três décadas. A intenção do livro, diz Töpfer, é educar os cidadãos - especialmente os que moram em países industrializados - que seu estilo de vida pode destruir a natureza. "Uma imagem diz mais do que mil palavras. O atlas fornece evidências de mudanças que causamos a nosso ambiente", diz Pascal Peduzzi, cientista ambiental do Pnuma. Em Las Vegas, área metropolitana que mais cresce nos Estados Unidos, a população subiu de 24 mil habitantes na década de 1950 para 1 milhão hoje - em dez anos, a previsão é que ela dobre. Como resultado, o nível do Lago Meade, cuja água é usada em casas e para irrigar campos de golfe, caiu 18 metros de 2000 para 2003. "As imagens são tão impactantes como aquelas após o tsunami na Ásia", afirma Peduzzi. Outras fotos mostram os efeitos do crescimento das estufas na Espanha e a redução das florestas tropicais na América do Sul. O atlas também demonstra os efeitos de conflitos e doenças, como as guerras ocorridas no Iraque - que drenaram as áreas alagadas da bacia e contribuíram para a destruição da maior floresta de palmeiras do mundo, na fronteira com o Irã. Mais de 14 milhões de árvores, ou 80% do que existia em 1970, foram perdidas com milhões de vidas humanas. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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