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Segunda-feira, 11 jan 2010 - 11h43

Brasil está preparado para as mudanças do clima?

As violentas enchentes e as enxurradas durante o período oficial das chuvas vêm reforçar o que já é evidente. O Brasil não está imune às tragédias naturais e o Homem, cada vez mais, está invadindo o espaço da natureza.

enchente

Os deslizamentos de terra ocorridos na virada do ano deixaram 74 mortos na região de Angra dos Reis e Ilha Grande, no Rio de Janeiro e trouxeram à tona novamente, a discussão da ocupação irregular no país.

Especialistas, entre eles geólogos e meteorologistas, afirmam que hoje temos tecnologia suficiente para monitorar com maior precisão um evento de chuva em uma determinada área com 48 horas de antecedência, além de ter o conhecimento sobre as regiões historicamente mais suscetíveis aos altos índices pluviométricos.

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Em novembro de 2008, outra tragédia devastou o Vale do Itajaí em Santa Catarina. Foram 800 milímetros de chuva em apenas um dia. Agora, em Angra dos Reis, foram mais de 430 milímetros em três dias. Nos dois exemplos, o volume de água foi extremamente superior às médias históricas e chamou a atenção.

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, o IPCC, classifica os dois casos como eventos extremos que se tornarão mais frequentes. Especialistas da área defendem que as regras de ocupação do solo terão de ser mais rigorosas. As construções de casas, estradas e pontes também terão de ser repensadas.

“Antes nós não tínhamos eventos dessa intensidade com tanta frequência, os projetos antigos não consideram este cenário”, afirma o engenheiro Francisco, Yutaka Kurimori, do Crea-SP.

Diante dos alertas, os órgãos de defesa precisam agir com rapidez. O planejamento e a prevenção ainda são nossas maiores falhas frente aos fenômenos naturais. Hoje, estima-se que 40 milhões de pessoas vivam em áreas consideradas de risco, segundo a organização não governamental Amigos da Terra. O risco não está apenas nas encostas, mas também nas várzeas dos rios.

Na periferia de São Paulo, bairros ainda vivem o drama das enchentes causadas pelo transbordamento do Rio de Tietê. O Jardim Romano e o Jardim Pantanal ficam em uma área de várzea e há três semanas as famílias convivem com a água suja que invadiu ruas e casas inteiras.

As destruições constantes causadas pelas chuvas, estão trazendo ao Brasil um problema que não poderá ser mais ignorado: os refugiados do clima. São milhares de pessoas que fatalmente um dia terão que abandonar suas terras por conta das cheias, riscos de deslizamentos e enchentes.

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