Segunda-feira, 26 mar 2018 - 10h37
Por Rogério Leite
Embora ainda não seja possível prever com exatidão o local de queda da estação espacial Chinesa Tiangong 1, as últimas modelagens indicam que a nave cairá provavelmente no dia de Páscoa. E o Brasil está na rota.
Previsao de reentrada da estação espacial chinesa Tiangong 1 feita pelo site Saview.org. A modelagem foi feita em 26 de março e deve sofrer alterações ao longo do tempo.
Essa previsão também é compartilhada por outros sites de monitoramento de lixo espacial, entre eles o europeu
Neste vídeo nós rastreamos em tempo real a estação espacial chinesa Tiangong 1 durante passagem sobre a Região Sul do Brasil. Durante o rastreio o diretor do site Apolo11.com respondeu perguntas dos internautas e explicou como poderá ser a reentrada da estação espacial chinesa. O vídeo foi transmitido ao vivo em 24 de março de 2018. Clique para ver.
Ao manter essa dinâmica, a Tiangong 1 atingirá o ponto de ruptura na transição dos dias 1 e 2 de abril, sobre o leste da China, a três minutos de da ilha de Taiwan, após passar pelo Brasil.
No domingo, 25/03, um alto funcionário do governo chinês que não quis se identificar afirmou em entrevista que o Centro de Controle tinha total controle da nave. No entanto, essa informação não parece ser verídica já que o comportamento de descida da Tiangong está obedecendo exatamente o que é esperado de uma nave sem combustível, tocada apenas pelas leis da natureza.
Desde seu lançamento, Tiangong-1 foi visitada por diversas naves. A primeira a se atracar ao complexo foi a nave automática Shenzhou 8, que se acoplou em novembro de 2011. Em junho de 2012 a estação recebeu a visita da nave tripulada Shenzhou 9, quando a taiconauta Liu Yang se tornou a primeira mulher chinesa no espaço.
A altitude nominal do rompimento é de 78 km, mas satélites de grande porte que têm estruturas maiores e mais densas conseguem sobreviver por mais tempo e se rompem em altitudes mais baixas. Painéis solares são destruídos bem antes, quando os satélites ainda estão entre 90 e 95 km. Algumas peças de lixo espacial são tão grandes que elas não se queimam na atmosfera da Terra e atingem o solo, como este tanque principal do segundo estágio de um foguete Delta-2, que caiu em janeiro de 1997 na cidade de Georgetown, no Texas, EUA. Uma vez que a espaçonave ou seu corpo principal se rompem, diversos componentes e fragmentos continuam a perder altura e se aquecer, até que se desintegram ou atingem a superfície. Muitos dos componentes são feitos em alumínio, que derretem facilmente. Como resultado, essas peças e desintegram quando a nave ainda está em grandes altitudes. Por outro lado, se um componente é feito com material muito resistente, que necessita de altas temperaturas para atingir o derretimento, pode resistir por mais tempo e até mesmo sobreviver à reentrada. Entre esses materiais se encontram o titânio, aço-carbono, aço inox e berilo, comumente usados na construção de satélites. O interessante é que ao mesmo tempo em que são resistentes às altas temperaturas, esses materiais também são muito leves (por exemplo, chapas de tungstênio) e como resultado a energia cinética no momento do impacto é tão baixa que raramente provoca danos de grande porte. O problema dos detritos começa com a composição química residual, que dependendo do componente que sobreviveu à reentrada pode conter material extremamente tóxico, como a hidrazina, utilizado como combustível ou até mesmo material radioativo, usado na geração de energia elétrica. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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