Segunda-feira, 3 nov 2008 - 09h28
Buraco na camada de ozônio atinge 27 mi Km2 em 2008
Utilizando dados coletados pelo satélite AURA, cientistas da Nasa confirmaram que buraco na camada de ozônio sobre a Antártica atingiu seu tamanho máximo anual em 12 de setembro de 2008, totalizando 27.1 milhões de quilômetros quadrados. A área foi calculada através do instrumento OMI (Ozone Monitoring Instrument - Instrumento de Monitoramento de Ozônio), a bordo do satélite.
![]() Apesar do gigantesco tamanho, três vezes maior que o território brasileiro, o buraco na camada é considerado "moderado" pelos cientistas da agência americana. De acordo com as estatísticas, o valor medido este ano é o quinto maior já registrado na Antártida, 2.5 milhões de quilômetros quadrados maior que o de 2007. O maior buraco já registrado foi medido no ano de 2006, quando a falha atingiu 27.7 milhões de quilômetros quadrados.
Em meados de novembro e dezembro, em função do aumento gradual da temperatura, o ar circundante à região onde se encontra o buraco inicia um movimento em direção ao centro. Esse ar trás consigo o ozônio para a alta atmosfera na região do buraco, que tem seus níveis de gás normalizados até a chegada da próxima primavera.
O buraco na camada de ozônio foi reconhecido pela primeira vez em 1985 e durante a última década, em escala global a camada perdeu 0.3% de sua espessura a cada ano, aumentando significativamente os riscos de câncer de pele, cataratas e causando danos à vida marinha. A diminuição da camada é causada pela presença de elementos que destroem o ozônio, como a clorina e o brometo de metilo, e principalmente pelos gases originados de produtos criados pelo homem, como os clorofluorcarbonos ou CFCs. Conhecido como gás freon, o CFC é usado em grande escala na produção de aerossóis, refrigeradores e produtos de limpeza. Apesar de ainda estar presente na atmosfera, sua concentração vem diminuindo graças ao Protocolo de Montreal, assinado em setembro de 1987. Nele, os países signatários se comprometem a substituir as substâncias que reconhecidamente causam danos à camada.
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