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Sexta-feira, 18 dez 2009 - 09h33

Câmeras da Nasa registram choque de auroras sobre o Canadá

Devido à posição geográfica, as auroras são fenômenos extremamente raros no Brasil, mas nas regiões de latitudes médias e altas são bastante comuns e os habitantes sempre são presenteados com a bela aparição das luzes coloridas. Nestes locais o fenômeno é tão corriqueiro que as auroras até se chocam, produzindo incríveis explosões luminosas.

choque de auroras boreais
Clique para animar (Vídeo de 9 Mbytes)

No entanto, as colisões entre auroras não são tão fáceis de se ver e os pesquisadores nem sabiam que existiam, uma vez que elas não acontecem dentro do restrito campo visual do observador. Para vê-las foi necessário usar uma rede de câmeras, proporcionando uma visão mais abrangente, de macro-escala, capaz de mostrar todo o céu, incluindo aquele que está abaixo do horizonte. E foi isso que a Nasa e a agência espacial canadense fizeram.

Com o objetivo de descobrir qual o motivo que leva algumas auroras a produzirem grandes explosões luminosas, as agências montaram uma verdadeira rede de câmeras de céu completo (all-sky cameras) e montaram vinte dispositivos em diversas partes do ártico canadense e do Alasca. Além das câmeras no solo, as agências também contaram com os dados de cinco satélites THEMIS, lançados em 2006 com o mesmo propósito. Assim, enquanto os satélites vigiam as auroras do espaço, as câmeras registram as imagens de terra. E o resultado é impressionante.

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"Quando vimos as imagens pela primeira vez ficamos de queixos caídos", disse o pesquisador Lary Lyons, ligado à Universidade da Califórnia. "As explosões estão nos contando algo fundamental sobre a natureza das auroras".

O primeiro filme que Lyons assistiu mostrava um par de auroras se chocando sobre o Canadá em dezembro de 2007. "Nunca tinha vista nada igual", lembra o pesquisador. "Nos dias seguintes procuramos por mais choques e ficamos convencidos que as colisões não são fenômenos isolados, mas que ocorrem durante todo o tempo", disse.

De acordo com os cientistas, as explosões luminosas são um sinal claro de alguma coisa bastante impressionante que ocorre ao redor da Terra, especialmente na "cauda de plasma", uma região de milhões de quilômetros de comprimento apontada para o Sol. Também chamada de folha de plasma, essa "cauda" é formada pelas partículas carregadas provenientes do Sol e capturadas pelo campo magnético da Terra.

O mesmo campo magnético que mantêm a cauda coesa também é responsável por conectar magneticamente as regiões polares do planeta. Devido ao campo magnético os observadores assistem as auroras boreais "dançando" no céu, permite revelar detalhes do que ocorre com a cauda de plasma.

Observando as imagens, os pesquisadores identificaram uma sequência comum de eventos, que começam com uma grande cortina de auroras em movimento lento e um pequeno nó de auroras velozes. A cortina mais lenta permanece em seu lugar, praticamente imóvel, ao mesmo tempo que o nó mais veloz se aproxima pelo norte. Em seguida as duas auroras colidem e produzem uma grande erupção luminosa.

Segundo Lyons, o rápido movimento do nó está associado à um leve jato de plasma que flui no interior da cauda. Esse jato tem origem na região externa da esteira e se move rapidamente em direção à Terra. No entender de Lyons a cortina mais lenta parece estar conectada à borda interna da cauda de plasma, com os dois sistemas se movendo em sincronismo.


Foto: Sequência de animação mostra o rápido movimento do nó de auroras se chocando contra a cortina de auroras estacionada sobre o Ártico. As imagens foram registradas em 29 de fevereiro de 2008. Crédito: Toshi Nishimura/UCLA/WWW.APOLO11.COM

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