Domingo, 1 abr 2018 - 08h35
Por Rogério Leite
A previsão mostra que a Tiangong pode reentrar na costa do Brasil às 21h40 BRT. Estamos ao vivo com câmera apontada para o céu.
Na previsão feita pelo USstratCom a Tiangong reentra perto da costa do Brasil às 21h47 BRT (Horário de Brasília). Na previsão do Satview a nave reentra entre o Uruguai e Argentina, as 20h05 BRT. Veja as previsões abaixo Previsao de reentrada da estação espacial chinesa Tiangong 1 feita pelo USSTratcom Previsao de reentrada da estação espacial chinesa Tiangong 1 feita pelo Satview.org
Previsão de reentrada da nava Tiangong 1 feita pelo site Satview.org
Modelagem feita pelo USStratCom (Comando de Defesa Estratégica dos EUA) na manhã de domingo mostra que a Tiangong cairá na orbita anterior, 37404, às 21h15 BRT, também no Pacífico ocidental,ao leste da Nova Zelândia, minutos antes de passar pelo extremo sul da América do Sul. Os momentos informados se referem à melhor estimativa de reentrada. O erro de modelagem previsto pelo Satview é de +/- 8 horas enquanto a margem do USStratCom é de 5 horas. Neste vídeo nós rastreamos em tempo real a estação espacial chinesa Tiangong 1 durante passagem sobre a Região Sul do Brasil. Durante o rastreio o diretor do site Apolo11.com respondeu perguntas dos internautas e explicou como poderá ser a reentrada da estação espacial chinesa. O vídeo foi transmitido ao vivo em 24 de março de 2018. Clique para ver.
Desde seu lançamento, Tiangong-1 foi visitada por diversas naves. A primeira a se atracar ao complexo foi a nave automática Shenzhou 8, que se acoplou em novembro de 2011. Em junho de 2012 a estação recebeu a visita da nave tripulada Shenzhou 9, quando a taiconauta Liu Yang se tornou a primeira mulher chinesa no espaço.
A altitude nominal do rompimento é de 78 km, mas satélites de grande porte que têm estruturas maiores e mais densas conseguem sobreviver por mais tempo e se rompem em altitudes mais baixas. Painéis solares são destruídos bem antes, quando os satélites ainda estão entre 90 e 95 km. Algumas peças de lixo espacial são tão grandes que elas não se queimam na atmosfera da Terra e atingem o solo, como este tanque principal do segundo estágio de um foguete Delta-2, que caiu em janeiro de 1997 na cidade de Georgetown, no Texas, EUA. Uma vez que a espaçonave ou seu corpo principal se rompem, diversos componentes e fragmentos continuam a perder altura e se aquecer, até que se desintegram ou atingem a superfície. Muitos dos componentes são feitos em alumínio, que derretem facilmente. Como resultado, essas peças e desintegram quando a nave ainda está em grandes altitudes. Por outro lado, se um componente é feito com material muito resistente, que necessita de altas temperaturas para atingir o derretimento, pode resistir por mais tempo e até mesmo sobreviver à reentrada. Entre esses materiais se encontram o titânio, aço-carbono, aço inox e berilo, comumente usados na construção de satélites. O interessante é que ao mesmo tempo em que são resistentes às altas temperaturas, esses materiais também são muito leves (por exemplo, chapas de tungstênio) e como resultado a energia cinética no momento do impacto é tão baixa que raramente provoca danos de grande porte. O problema dos detritos começa com a composição química residual, que dependendo do componente que sobreviveu à reentrada pode conter material extremamente tóxico, como a hidrazina, utilizado como combustível ou até mesmo material radioativo, usado na geração de energia elétrica. LEIA MAIS NOTÍCIAS
Se você precisa de uma base de dados de latitude e Longitude das cidades brasileiras, clique aqui.
|
Apolo11.com - Todos os direitos reservados - 2000 - 2024
"Anarquismo é a única filosofia que leva o homem ao conhecimento de si mesmo" - Emma Goldman -