Segunda-feira, 28 ago 2017 - 09h46
Por Rogério Leite
Pesquisadores e agentes do serviço secreto dos EUA acreditam que o governo de Cuba utilizou alguma espécie de arma acústica contra diplomatas estadunidenses e canadenses, o que teria causado fortes lesões auditivas em diversos membros oficiais a serviço em Cuba.
Ainda não se tem certeza das causas que levaram os diplomatas a sentirem fortes e repentinas dores de cabeça no final do ano passado. Segundo reportagem da CNN e da Associated Press (AP), as dores de cabeça eram tão intensas que obrigaram os diplomatas a deixarem Havana para tratamento nos EUA. Autoridades americanas disseram que não tinham permissão para falar publicamente sobre o assunto, mas fontes da AP confirmaram que alguns diplomatas chegaram aos hospitais parcialmente desorientados e apresentando sintomas de surdez.
Reportagem da CNN mostrou que dez diplomatas americanos, juntamente com seus familiares, apresentavam náuseas e sinais de alterações significativas no aparelho auditivo. Ainda não há comprovação de que Cuba tenha usado algum tipo de arma sônica contra membros das embaixadas dos EUA e Canadá, mas alguns membros das embaixadas relataram movimentações suspeitas do lado de fora das embaixadas alguns dias antes do suposto ataque. Em retaliação aos acontecimentos, em maio de 2017 o governo dos EUA expulsou quatro diplomatas que trabalhavam em Washington.
Arma acústica de longo alcance do tipo LRAD (Long-Range Acoustic Device) usada por militar da marinha americana. Os incidentes em Havana não foram acompanhados por ruídos audíveis, o que faz supor - caso tenham acontecido, que estavam operando em frequência além ou aquém da faixa da audição humana.
O primeiro seria através das microondas, em que pequenos feixes direcionados às cabeças das pessoas aceleram rapidamente o tecido dentro do cérebro, gerando uma pequena onda de choque. Esta onda de choque é registrada como som pelo ouvido, que então vibram em uma frequência extremamente alta, causando perda de audição e dores de cabeça extremamente severas. Além disso, esse método também poderia causar dano neurológico duradouro caso a intensidade das microondas fossem bastante elevada. Outra forma de realizar um ataque acústico é através dos infrassons, ondas mecânicas que vibram em frequência mais baixa que aquelas percebidas pelo ouvido humano. Essas ondas também podem causar perda auditiva e segundo o Instituto Nacional de Saúde, dos EUA, ficar exposto a infrassons concentrados pode causar "fadiga, náuseas, desorientação, apatia, sonolência e vibração de órgãos internos". LEIA MAIS NOTÍCIAS
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