Sexta-feira, 5 fev 2010 - 09h51
Cientista apresenta a mais detalhada imagem já vista de Plutão
O Sistema Solar é realmente fascinante, repleto de planetas glamorosos. Saturno e seus anéis e Júpiter com faixas multicoloridas disputam a atenção com Marte e seus mistérios. Mas o distante plutão, invisível aos olhos humanos começa a ser desvendado e mostra ser um mundo em constante transformação.
![]() Clique para ampliar Desde que foi descoberto em 1930, a observação de Plutão não passa de um micro ponto de luz no espaço, tão pequeno que até mesmo os mais poderosos telescópios em terra não conseguem visualizá-lo com facilidade. Visto da Terra, o disco plutoniano é 10 vezes menor que a resolução típica dos telescópios terrestres e mesmo através de grandes instrumentos nenhuma de suas características físicas podem ser observadas. Tudo se resume a um tênue ponto de luz. Mesmo com tanta dificuldade, o estudo de Plutão ganha agora um novo rumo.
Utilizando cenas captadas em 1988 e 2002, Buie e seus colegas constaram que atmosfera de Plutão dobrou de massa nesse período, provavelmente devido ao aquecimento e derretimento do nitrogênio congelado. Ao comparar imagens do telescópio Hubble feitas em 1994, 2002 e 2003, Buie também reparou que a região do polo norte havia se tornado mais brilhante, enquanto a do polo sul, mais escura. De acordo com o pesquisador, essas alterações sugerem que existem processos muito complexos que afetam a superfície visível, mas só agora observados. "As observações do Hubble são a chave para vincular essas variações a processos climáticos ou sazonais, abrindo uma nova linha de investigação", disse Buie.
O resultado do processamento são as imagens apresentadas, construídas com múltiplas cenas captadas pelo telescópio Hubble entre 2002 e 2003. No disco central se destaca uma misteriosa mancha clara extraordinariamente rica em monóxido de carbono congelado.
Mesmo com tantas dificuldades, as imagens atuais serão usadas para planejar os detalhes da aproximação da sonda New Horizons em 2015 e a mancha brilhante será um dos mais importantes alvos. "Todos estão intrigados com ela", disse Buie, que teve seu trabalho publicado esta semana no Astronomical Journal, juntamente com William Grundy, do Observatório Lowell e Eliot Young, Leslie Young e Alan Stern, colegas de Buie no Southwest Research Institute.
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