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Segunda-feira, 6 jan 2020 - 10h21
Por Rogério Leite

Cientistas descobrem a origem de fortes terremotos ocorridos em Marte

Em 2019, dois fortes terremotos ocorridos em Marte chamaram a atenção dos cientistas. Como o planeta não tem placas tectônicas, os pesquisadores passaram a especular sobre outras possibilidades da origem da sismicidade observada.

Região de Cerberus Fossae, a 1600 quilômetros da sonda InSight, registrada pela câmera estereográfica de alta-resolução a bordo da sonda europeia Mars Express. O local apresenta uma imensa rachadura e pode ser uma grande falha geológica ativa. Crédito: ESA<BR>
Região de Cerberus Fossae, a 1600 quilômetros da sonda InSight, registrada pela câmera estereográfica de alta-resolução a bordo da sonda europeia Mars Express. O local apresenta uma imensa rachadura e pode ser uma grande falha geológica ativa. Crédito: ESA

Como se sabe, os terremotos não são exclusividade da Terra e outros objetos do Sistema Solar também tremem devido às suas dinâmicas internas. A Lua, por exemplo, tem os chamados lunamotos, conhecidos desde que as missões Apollo instalaram sismógrafos em sua superfície e que registraram eventos bastante significativos em nosso satélite natural.

Recentemente, com a chegada da sonda Insight no Planeta Vermelho, diversos microssismos sismos puderam ser detectados, mas dois deles chamaram a atenção dos pesquisadores. Os eventos ocorreram nos dias 23 de maio de 2019 e 27 de julho de 2019, respectivamente sol 173 e sol 235.

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Para quem não sabe, "Sol" é o nome dado ao dia marciano.

Se os microssismos registrados já eram esperados, o mesmo não se pode dizer dos eventos citados. De acordo com os cientistas, eles tinham magnitude entre 3.0 e 4.0, equivalente aos sismos que abalariam edifícios altos e até carros estacionados aqui na Terra.


Fonte dos Tremores
Como o marte não tem placas tectônicas, os pesquisadores passaram a rastrear os eventos maiores e conseguiram identificar a sua origem, uma região conhecida como Cerberus Fossae, 1600 quilômetros a leste da sonda InSight.

Vale notar que observações anteriores dessa mesma área já revelavam características visuais de um possível sistema de falhas, mas só agora essas suspeitas puderam ser confirmadas por dados. Em outras palavras, a região é definitivamente ativa.

Embora a macro localização dos eventos tenha sido identificada, a causa dos "martemotos" ainda permanece sem solução, indo desde acomodações subterrâneas ou desabamentos de "ocos" deixados por depósitos de águas passadas, até movimentações provocadas por campos magnéticos próximos ao núcleo marciano.

Entretanto, acúmulos de tensão ao longo de falhas geológicas são uma causa bastante provável para os eventos dos sols 173 e 235 e seriam muito parecidos com aqueles que ocorrem no Brasil e em diversos lugares da Terra.


Cruzar Dados com Imagens
Um dos objetivos da equipe da Insight é produzir dados combinados com a observações por satélites que orbitam o planeta, já que terremotos como os observados nos sols 173 e 235 podem fazer com que rochas se desloquem a ponto de produzir deslizamentos.

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