Segunda-feira, 12 dez 2005 - 06h15
Cientistas afirmaram ter testemunhado o que pode ser o nascimento de um novo oceano no nordeste da Etiópia, na África.
A equipe de cientistas britânicos e etíopes observou o desenvolvimento de uma fenda na região do Deserto de Afar em setembro e ficou surpresa com a velocidade com que a fissura se desenvolveu, chegando a 60 km de comprimento em apenas três semanas de observação. A fenda seria apenas um pequeno passo em uma separação que pode ocorrer a longo prazo, com potencial de criar o novo oceano, em um milhão de anos.
"É o primeiro grande evento que observamos em uma área de fendas desde o surgimento de algumas técnicas por satélite que usamos agora, que nos dão a capacidade, com resolução e detalhes (suficientes), de ver o que realmente está acontecendo", disse Cindy Ebinger, da Universidade Real de Holloway de Londres. A descoberta da equipe de cientistas britânicos e etíopes foi anunciada na quinta-feira na Reunião de Outono da União Americana de Geofísica, em São Francisco, Estados Unidos. Ele começou com um terremoto no dia 14 de setembro e continuou com muitos tremores mais fracos. "Cerca de uma semana dentro desta seqüência de eventos, ocorreu uma erupção vulcânica", explicou Cindy Ebinger. "Muitas cinzas foram atiradas no ar, muitas rachaduras apareceram no chão, algumas delas com mais de um metro de largura." Pesquisadores já reconheciam que a região estudada, no Deserto de Afar, uma depressão seca e inóspita, foi atingida por forças semelhantes às que levaram à separação dos oceanos em eras geológicas recentes. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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