Sexta-feira, 6 abr 2007 - 09h44
Não tão brilhante quanto seu similar McNaught, visto recentemente por qualquer mortal, o cometa 96P/Machholz também começa a dar o ar da sua graça em sua jornada ao redor do Sol e nos próximos dias poderá ser visto antes do nascer do Sol, no lado leste.
Por enquanto, sua grande proximidade da estrela impede que seja visto a olho nu, mas pode ser apreciado através das imagens enviadas à Terra pelo Observatório Solar e Heliosférico, Soho, como a mostrado abaixo.
O cometa 96P é um cometa periódico, descoberto em 1986 pelo astrônomo Donald Machholz. Seu tempo de translação ao redor do Sol é de 5.23 anos e é inclinado 60 graus com relação ao plano da eclíptica. Em seu momento de maior afastamento do astro-rei, sua distância atinge 5.9 UA, aproximadamente 885 milhões de quilômetros. Durante o periélio, ocorrido no dia 3 de abril, chegou a 15 milhões de quilômetros.
O objeto entrou pela primeira vez no campo de visão do coronógrafo do telescópio Soho em 2002, e pode ser contemplado nas imagens Lasco C3 e Lasco C2, ambas disponíveis aqui no Apolo11. No dia 3 de abril passado o objeto atingiu seu periélio, ou seja, sua máxima aproximação do Sol, quando sua magnitude aparente chegou a 2 . Essa intensidade já permitiria que 96P/Machholz pudesse ser observado à vista desarmada, mas sua proximidade exagerada com o Sol tornou essa tarefa impossível. Neste momento o cometa está se afastando do Sol, o que diminui muito seu brilho, mas facilita bastante para aqueles que quiserem dar uma conferida no visitante.
A figura acima mostra a posição do cometa na manhã do próximo dia 14 de abril. Neste dia sua magnitude será de 7.9, impossível de ser visto a olho nu, mas facilmente localizável com um binóculo de 50 milímetros ou uma pequena luneta. Foto: No topo, imagem Lasco C3, enviada pelo satélite Soho, mostra o momento de aproximação do cometa 96P/Machholz do Sol. Clique sobre a imagem e aguarde o carregamento para animá-la. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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"As composições de Bach são desprovidas de beleza, harmonia e claridade melódica" - Johann Adolf Scheibre - crítico musical em 1773 -