Quarta-feira, 4 out 2006 - 07h53
Como funciona o sistema anticolisão TCAS usado em aviões comerciais
Devido ao trágico acidente com o avião da Gol, ocorrido no dia 30 de setembro de 2007, diversos meios de comunicação mostraram um dos intrumentos de navegação que supostamente havia falhado ou não estava operando corretamente, o TCAS.
Esse sistema deveria ter alertado os pilotos que outra aeronave voava no mesmo nível (altitude) e que haveria o risco de colisão caso nenhuma atitude fosse tomada. O TCAS monitora o espaço aéreo ao redor de uma aeronave, independentemente do controle de tráfico aéreo, e alerta o piloto da presença de outro avião em sua área e que possa apresentar ameaça de colisão. O TCAS é uma implementação de outro instrumento, o ACAS (Airborne Collision Avoidance System ou Sistema Transportado de Evitagem de Colisão), um sistema obrigatório em aeronaves com mais de 5700 quilos e autorizada a carregar mais de 19 passageiros.
Atualmente o sistema TCAS é fabricado por duas gigantes norte-americanas, a Rockwell Collins e a Honeywell. Nas modernas cabines de comando, ou cockpit, o display do TCAS é integrado ao display de navegação, enquanto nas cabines mais antigas e naquelas com instrumentos mecânicos, o display do TCAS subsitui outro equipamento, o IVSI (Instantaneous Vertical Speed Indicator), que indica instantaneamente a velocidade com que a aeronave está descendo ou subindo. Apesar das pesquisas com sistemas de evitação de colisão existirem desde 1950, autoridades como a FAA, Admistração Federal de Aviação dos EUA, somente as colocaram em funcionamento após diversos acidentes de grandes proporções, que envolveram grande número de vítimas. Alguns desses trágicos acidentes, em pleno vôo, incluem:
Utilizando a frequência de 1030 mHz, o TCAS de uma aeronave "interroga" todos os outros TCAS das aeronaves que estejam ao seu alcance, e todas as outras aeronaves "respondem" à solicitação na frequencia de 1090 mHz. Este ciclo de "perguntas e respostas" eletrônicas ocorre diversas vezes por segundo.
![]() Através dessa troca constante de dados, o computador interno do TCAS monta um mapa tridimensional das aeronaves no espaço adjacente, utilizando principalmente a localização, rumo, altitude e velocidade. Utilizando esses dados o sistema então projeta a posição futura de todas as aeronaves, determinando os riscos potenciais de colisão. É importante notar que o TCAS e suas variantes somente operam e interajem com aeronaves que utilizam transponder e que estes estejam em operação. ![]() O TA alerta ao piloto que outra aeronave está próxima de sua vizinhança, emitindo um alerta sonoro de "traffic, traffic", mas não oferece nenhuma forma de correção. Cabe ao piloto e ao controle de tráfego decidir o que fazer. Quando a ameaça termina, o sistema anuncia "clear of conflict", ou livre de colisão O TCA II oferece todos os benefícios do TCAS I, mas oferece ao piloto intruções fonéticas para que o perigo seja evitado. Os avisos podem ser do tipo "corretivos" que sugerem ao piloto mudanças de altitude através de alertas do tipo "descend, descend ou climb, climb" (desça, desça, suba, suba), ou preventivos que sugerem ações. O sistema TCAS II opera de forma sincronizada entre todos os aviões de uma mesma vizinhança. Se em um deles o TCAS II alerta o piloto a descer, em outra aeronave o sistema informa o comandante a subir, maximizando assim a separação entre duas aeronaves. LEIA MAIS NOTÍCIAS
Se você precisa de uma base de dados de latitude e Longitude das cidades brasileiras, clique aqui.
|
Apolo11.com - Todos os direitos reservados - 2000 - 2023
"Não há arte que um governo aprenda mais depressa de outro governo do que tirar dinheiro do bolso das pessoas" - Adam Smith -