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Sexta-feira, 14 set 2007 - 10h48

Concluídos os testes para lançamento do satélite CBERS-2B

Nesta quarta-feira (12 de setembro), na China, foram concluídos com sucesso os testes do CBERS-2B integrado ao foguete Longa Marcha 4B. O satélite, o terceiro da parceria entre Brasil e China, será lançado entre 19 e 21 de setembro da base de Taiyuan. Nos próximos dias 14 e 15 ocorrerão dois ensaios para simular as atividades que serão realizadas durante o lançamento real do satélite.

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“Os resultados dos testes desta fase final da campanha deixaram os técnicos bastante otimistas. Isto reflete o sucesso do programa de testes executado nas fases anteriores, os quais foram efetivos na identificação e correção dos problemas”, comenta José Iram Barbosa, chefe do Serviço de Garantia do Produto do INPE, que participa da campanha de lançamento na China.

No Brasil, o desenvolvimento do CBERS cabe ao INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Na China, o programa está sob a responsabilidade da CAST - Chinese Academy of Space Technology. Depois de montado, integrado e testado na sede do INPE, em São José dos Campos (SP), o CBERS-2B foi levado em abril para a China. No Taiyuan Satellite Launch Center, novos testes verificaram a interface entre satélite e lançador e, também, destes com o centro de controle de lançamento.

O Programa CBERS tornou-se imprescindível para o Brasil no monitoramento ambiental, principalmente do desmatamento da Amazônia. E desde 2004, quando começou a distribuição gratuita pela internet, mais de 320 mil imagens foram “baixadas” por cerca de 15 mil usuários ligados a instituições como Incra e Ibama, universidades, organizações não governamentais e empresas privadas.

CBERS-2B

O CBERS-2B é quase uma réplica do CBERS-2, que está em órbita e gerando imagens há três anos. Assim como este, o CBERS-2B possui três câmeras a bordo: CCD, WFI e HRC. As duas primeiras são câmeras que já voam no CBERS-2, enquanto a HRC é uma câmera pancromática de alta resolução (2,5 m) que substitui a câmera IRMSS (Infrared Multispectral Scanner).

Esta diversidade de câmeras atende a múltiplas necessidades: do planejamento urbano, que requer alta resolução espacial, a aplicações que precisam de dados freqüentes mas não tão detalhados, como a agricultura ou desmatamentos.

O CBERS-2B garantirá que o fornecimento de imagens iniciado em 1999 com o CBERS-1 não seja interrompido. A vida útil projetada dos satélites CBERS 1, 2 e 2B é de dois anos e a dos satélites CBERS 3 e 4 é de 3 anos. O CBERS-1 operou com sucesso até agosto de 2003, além de sua vida útil, êxito que está se repetindo com o CBERS-2. O lançamento do CBERS-3 está previsto para 2009, e o do CBERS-4, para 2011.

Programa CBERS

O Programa CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), em parceria com a China, colocou o Brasil entre as nações que detém a tecnologia do sensoriamento remoto, estratégica para o monitoramento ambiental, aplicações como mapas de queimadas e desflorestamento da região amazônica e estudos na área de desenvolvimento urbano nas grandes capitais do país.

Hoje, o Brasil é o maior distribuidor de imagens de satélite do mundo, graças à política de distribuição gratuita implantada em junho de 2004. Desde então, já foram distribuídas mais de 320 mil imagens a usuários do território brasileiro. Cerca de 1.500 instituições, entre órgãos públicos, universidades, centros de pesquisas e ONGs, além da iniciativa privada, utilizam as imagens do satélite sino-brasileiro.

O grande número de imagens distribuídas gratuitamente mostra que o programa espacial também traz benefícios econômicos e sociais. Entre os usuários das imagens CBERS destacam-se órgãos como Petrobras, IBGE, Incra, Embrapa, Ibama, ANA e organizações não-governamentais. As imagens CBERS também estão apoiando pequenas e médias empresas do setor de geoinformação a ampliar seus serviços. E também é importante destacar que o programa mantém contratos com a indústria nacional para o desenvolvimento e fabricação de subsistemas.

Foto: Técnicos na sala de controle durante os últimos testes do CBERS-2B . Fonte: INPE

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