Sexta-feira, 28 jul 2017 - 08h01
Que Marte tem muitas coisas em comum com a Terra, não há dúvidas. São desertos, canais, vales e vulcões adormecidos que em muito lembram nosso planeta. Mas dizer que a lua Phobos do Planeta Vermelho é parecida com nossa Lua, aí é preciso de muita imaginação.
Satélite marciano Phobos, registrado pela Sonda de Reconhecimento Marciano MRO. O satélite tem apenas 26 km de diâmetro e está tão próximo do planeta que leva apenas 7 horas e 39 minutos para completar uma órbita. Crédito: Nasa/Jet Propulsion Laboratory. Fobos é muito estranho e irregular e de todos os satélites do Sistema Solar é a que mais próximo orbita o planeta-mãe, a menos de seis mil quilômetros de distância. É também muito pequeno, com cerca de 26 km de diâmetro e mesmo com esse diminuto tamanho conseguiu ser acertado em cheio por um objeto, que o marcou com uma cratera com a metade do seu tamanho. A foto acima foi feita pela câmera de alta resolução HiRise, a bordo da sonda norte-americana Mars Reconnaissance Orbiter, MRO. A cena mostra uma das faces do satélite Phobos, marcada pela presença indisfarçável da grande cratera Stickney, de 9 km de diâmetro.
Mesmo com 1 milésimo da gravidade da terrestre, estrias de material ejetado após o impacto podem ser vistas deslizando pela encosta da cratera. As áreas claras e ligeiramente azuladas próximas à borda indicam uma superfície exposta relativamente jovem. A origem das ranhuras ao longo da superfície ainda permanece um mistério, mas de acordo com especialistas em geologia planetária pode estar relacionada à própria formação das crateras de impacto. A cratera Stickney foi assim batizada em homenagem à Chloe Angeline Stickney Hall, matemática e esposa do astrônomo Asaph Hall, que descobriu as luas marcianas em 1877. Em 2012, a Rússia tentou enviar à Phobos a sonda interplanetária Fobos-Grunt, mas uma falha após o lançamento impediu o sucesso da missão. Phobos encontra-se abaixo da órbita síncrona de Marte e lentamente cai em direção ao planeta à razão de 1.8 metro a cada 100 anos. Dessa forma, dentro de 50 milhões de anos Phobos se aproximará tanto de Marte que as forças gravitacionais simplesmente romperão a rocha, produzindo um pequeno anel ao redor do Planeta Vermelho. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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