Terça-feira, 26 ago 2008 - 10h29
A recente tensão provocada pela curta guerra da Geórgia poderá ter conseqüências diretas no campo espacial. Quando os EUA encerrarem as missões dos ônibus espaciais, previsto para 2010, todas as viagens dos astronautas com destino à Estação Espacial Internacional, ISS, ficarão completamente dependentes da nave russa Soyuz.
O planejado veículo espacial da Nasa, o Orion, que também será usado nas missões à Lua só estará pronto para lançamento depois de 2015. Isso faz com que as visitas dos astronautas americanos à ISS fiquem vulneráveis à possibilidade de uma nova Guerra Fria entre Washington e Moscou, depois que tropas russas invadiram a Geórgia, aliada dos EUA.
Em entrevista à AFP, Sabathier disse que não foi apenas a curta guerra da Geórgia que provocou a deterioração das relações entre os dois países. Segundo o especialista, a determinação norte-americana de instalar radares de rastreio na Polônia e na República Tcheca contribuíram para o clima de tensão, uma vez que o governo russo considera a operação uma ameaça ao país. "Quase imediatamente após a República Tcheca assinar acordo com os americanos, que permitiu a instalação dos radares em seu território, o fluxo de petróleo que flui pelo oleoduto que liga Druzhba à Europa Central foi fortemente reduzido. A Rússia alegou problemas técnicos mas até agora o abastecimento não foi normalizado", disse Sabathier.
Segundo o senador democrata Bill Nelson, essa lei é um problema sério aos EUA. Nelson, que apóia a contratação do cargueiro russo pela Nasa, diz que sem a Soyuz os EUA não terão mais acesso à ISS já em 2011. Considerando que a Estação de 100 bilhões de dólares foi construída quase que totalmente com dinheiro americano, isso poderá ser um duro golpe nas pretensões espaciais dos EUA.
Para minimizar a situação, alguns dias após a invasão russa a Nasa tentou diminuir a possibilidade de problemas afirmando que é exemplar a história de cooperação com a Roscosmos, a Agência Espacial da Federação Russa. John Logsdon, ex-diretor da Nasa e especialista em relações diplomáticas e espaciais da Universidade de Washington, também vê com preocupação a situação atual. "A relação com a Rússia exige muito esforço diplomático. É muito difícil prever o que poderá acontecer, mas não existem alternativas viáveis para se chegar à ISS sem eles". Foto: No topo, a nave russa Soyuz vista da Estação Espacial Internacional em 28 de junho de 2006. A bordo, o cargueiro russo levava a 12ª expedição a habitar o complexo espacial. Crédito ESA. Acima, a Estação Espacial Internacional, ISS. Crédito: Nasa. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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