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Segunda-feira, 17 set 2007 - 09h43

Derretimento no Ártico atinge maior nível em 30 anos

O derretimento da camada de gelo do oceano Ártico atingiu seu ponto máximo na última semana, quando a agência espacial européia, ESA, divulgou novas imagens daquela região do planeta. De acordo com a agência, a camada de gelo é a menor já verificada nos últimos 30 anos, desde que se iniciaram as medições.

Naquela região do Ártico só existem duas maneiras de se transpor os oceanos Atlântico e Pacífico. Uma é chamada de Passagem Nordeste, que permite a navegação ao longo da costa da Sibéria e a outra a Passagem Noroeste, que liga os dois oceanos através do norte do Canadá.

As imagens divulgadas pela ESA impressionam e mostram a Passagem Nordeste apenas parcialmente bloqueada, enquanto a passagem Noroeste, que passa através das ilhas do norte do Canadá, se mostra totalmente aberta, fato que só ocorre historicamente no verão.

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De acordo com Leif Toudal Pedersen, diretor do Centro Espacial da Dinamarca, a cobertura de gelo diminuiu para 3 milhões de quilômetros quadrados, cerca de 1 milhão a menos que as últimas medições feitas entre 2005 e 2006. Segundo o pesquisador, a redução da capa de gelo estava ocorrendo a razão de 100 mil quilômetros quadrados por ano ao longo dos últimos 10 anos. Constatar que houve um salto de 1 milhão de quilômetros em um único ano é simplesmente dramático.

"A intensa redução em tão pouco tempo é um aviso muito sério de que a camada de gelo na época do verão deverá desaparecer mais rapidamente do que esperávamos. Precisamos compreender urgentemente o que está acontecendo e quais os processos que envolvem essa aceleração", alertou Pedersen.

O recorde anterior do degelo no Ártico foi verificado em 2005, quando as medidas registraram apenas 4 milhões de quilômetros quadrados de camada gelada, mesmo assim, não foram verificados pontos de navegabilidade.


Imagens
As imagens divulgadas pela ESA mostram aquela região do globo vista através de sondagens radar, feitas pelo satélite de sensoriamento remoto Envisat. A coloração cinza escuro representa as áreas livres de gelo enquanto as áreas ainda cobertas são destacadas em verde. A linha amarela mostra a Passagem Noroeste ao longo da costa canadense, já totalmente navegável, enquanto a linha azul mostra a Passagem Nordeste, na costa da Sibéria, parcialmente desobstruída.


Degelo
Devido ao intenso brilho da superfície do gelo, a maior parte da energia solar é refletida de volta ao espaço. Quando o gelo derrete, expõe o oceano, menos refletivo e mais escuro. Assim, ao invés da energia solar ser refletida, ela é absorvida, aumentando a temperatura e aquecendo o oceano, tornando mais difícil a recomposição do gelo derretido.

As regiões polares são extremamente sensíveis às mudanças climáticas. De acordo com o IPCC, o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas, a camada de gelo do Ártico deve desaparecer gradualmente até ano de 2070. Outros cientistas alertam que a região estará livre do gelo antes de 2040.

No topo, imagem captada pelo satélite Envisat mostra a rota ao longo da costa do Canadá totalmente navegável no mês de setembro. Cordesia: ESA. Na seqüência, Imagem de satélite interativa do SatMap mostra a região da Passagem Noroeste.

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