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Sexta-feira, 12 jan 2007 - 08h49

Desastre Ambiental: lama contaminada já atinge o Rio de Janeiro

A água suja de lama, proveniente do rompimento de uma das barragens da mineradora Rio Pomba Cataguases, ocorrido no último dia 10, já chegou ao Rio de Janeiro. A barragem se localiza na cidade de Miraí, no sul do Estado de Minas Gerais e seu rompimento é considerado um dos maiores desastres ambientais ocorridos no Brasil.

Pelo menos 12 mil pessoas estão desabrigadas na região do acidente. O rio Muriaé, que passa por Minas e Rio de Janeiro, recebeu toda a descarga da barragem e devido às chuvas que caem na região está três metros acima do seu nível normal. As enchentes já atingem Itaperuna e Laje do Muriaé, no Noroeste fluminense. As duas cidades são abastecidas pela água do rio e já suspenderam a captação de água contaminada. Pelo menos 150 mil pessoas devem ser afetadas.

Em Miraí, cidade próxima ao acidente e extremamente atingida, sete bairros foram atingidos e quatro pontes danificadas.

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A espessa lama é formada principalmente por argila e bauxita, o principal minério usado na extração do alumínio. O minério é retirado das minas e levado por caminhões para passar por um processo de lavagem. A lama resultante desse processo é armazenada em diversas barragens. Devido às chuvas, uma das barragens, com 30 metros de profundidade, se rompeu e seus resíduas atingiram o rio Muriaé. Calcula-se que pelo menos 2 milhões de metros cúbicos de lama atingiram o leito do rio, cerca de 55% que comporta o dique e cinco vezes mais que um acidente semelhante, ocorrido há menos de 1 ano.

O Secretário de Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, informou que a lama da mineradora deve conter alumínio, já que a empresa usa sulfato de alumínio no processo de lavagem da bauxita. Minc ainda destacou que no vazamento ocorrido em 2006 foram encontrados no resíduo alguns materiais tóxicos como cromo, níquel e alumínio. Ainda segundo o secretário, existem pelo menos 400 barragens de outras empresas do norte e noroeste do Rio de Janeiro, algumas em péssimo estado de conservação.

As atenções dos técnicos ambientais estão agora voltadas para o deslocamento da lama, uma vez que o rio Muriaé é afluente do Paraíba do Sul, que abastece grande parte do Rio de Janeiro.

Foto: No detalhe do gráfico, uma amostra de bauxita, minério de onde se extrai o alumínio.

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