Quinta-feira, 27 jul 2006 - 06h41
EUA registram a maior temperatura média desde 1895
A NOAA, Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, informou ontem que os seis primeiros meses de 2006 foram os mais quentes da história do país desde 1895, ano em que as medições começaram a ser feitas.
Desde 1998 os cientistas têm registrado incrementos sucessivos de temperatura. Os cinco anos mais quentes desde 1880 ocorreram a partir desta data. O Reino Unido também registrou recordes de temperatura. Em Wisley, a temperatura chegou à marca de 36.5ºC, no último dia 19 de julho, batendo o recorde da cidade de Epson, próximo a Wisley, que em 19 registrou a marca de 36º C.
As altas temperaturas que estão sendo registradas este ano no hemisfério norte também causa vítimas. Na França pelo menos 40 pessoas já morreram, enquanto nos EUA esse número já passa de 50. Outros países também já registraram mortes devido à intensa onda de calor, entre eles a Holanda, Espanha e Alemanha. Segundo autoridades holandesas, o número de mortes no país está 200 pessoas acima da média, o que pode ser atribuído às altas temperaturas, que já chegaram a 35ºC. Além da perda de vidas, o calor intenso provoca diversos problemas. O recorde de consumo de energia elétrica, causado pelo uso excessivo de aparelhos de ar condicionado na Califórnia e em Nova York já provocou blecautes nestas cidades. Em Nova York o blecaute já dura 9 dias e só agora a situação começa a se normalizar.
Em maio do ano passado, outro relatório divulgado por um grupo de pesquisa do governo dos EUA, conclui que os padrões de mudança climática estudado nos últimos 50 anos não pode ser explicado apenas por processos naturais ou pelo efeito dos constituintes atmsféricas de rápida duração, como o ozônio ou aerossóis. Atualmente, cientistas de diversas partes do mundo ligaram o aquecimento global a um aumento da quantidade de incêndios de verão em florestas na Rússia, Canadá, EUA e Austrália. Nos EUA, as altas temperaturas provocaram um derretimento precoce da neve nas montanhas. Esse fenômeno tornou o verão mais seco, criando um fator determinante ao aparecimento dos grandes incêndios que vêm atingindo o oeste americano há pelo três décadas nos meses de verão. As altas temperaturas também atingem os recifes de corais, que registram uma espécie de embranquecimento devido a morte das algas simbióticas que caracterizam a cor das comunidades de corais. Outra consequência sobre os corais é seu enfraquecimento, causado pela maior quantidade de CO2 na água. Foto:Próximo à Torre Eiffel, pessoas aproveitam o sol e a água sob uma temperatura de 36ºC. Imagem: Associated Presse.
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