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Quarta-feira, 13 ago 2008 - 09h45

Em busca de tesouro escondido Nasa chocará sonda contra Lua - Parte 1

Existem alguns lugares da nossa Lua que por milhões de anos jamais foram atingidos pela luz solar. Esses lugares são as crateras polares, muito profundas e de posição desfavorável à iluminação natural e por isso mesmo representam um grande mistério. Em suas profundezas, acreditam os cientistas, pode se esconder um tesouro de grande valor, prestes a ser descoberto.

Para descobrir se o tesouro realmente existe, a Nasa pretende colidir propositalmente, a 9 mil km/h, o estágio propulsor da sonda LCROSS no interior de uma dessas crateras, produzindo uma explosão equivalente a 1 tonelada de TNT. A explosão ejetará uma grande quantidade de material das profundezas da cratera, expondo-o à luz solar e permitindo aos astrônomos detectar eventuais traços de água, o grande tesouro, na nuvem em suspensão.

O impacto da sonda LCROSS ocorrerá em algum momento entre maio e agosto de 2009 e depende apenas da data do lançamento.

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Os motivos da busca de água no interior das crateras são os planos da Nasa em voltar à Lua em 2020 e construir ali uma base espacial avançada. A água terá valor incalculável não apenas para a sobrevivência dos astronautas mas também para o crescimento das plantas, alimentação e obtenção de propelentes para os foguetes, separando o hidrogênio necessário à combustão.

"Se o estágio propulsor da LCROSS atingir uma parte do regolito lunar que contenha pelo menos 0.5% de água gelada, conseguiremos detectar seu sinal na pluma ejetada", disse Anthony Colaprete, principal cientista da missão LCROSS ligado ao centro Ames da Nasa.

LCROSS (Lunar CRater Observation and Sensing Satellite ou Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares) é composto de dois módulos. Sua outra metade, um satélite robótico, observará toda a operação de impacto e em seguida também se chocará contra a Lua, 4 minutos depois.


Lugar Hostil
Como se sabe, a Lua é um lugar seco, com praticamente nenhuma atmosfera. Sua temperatura varia entre a máxima de 123ºC durante o dia e mínima de -233ºC durante a noite, o que torna sua superfície um local extremamente severo para a manutenção da água. No entanto, em algumas áreas das regiões polares o Sol está sempre abaixo do horizonte, tornando esses lugares sempre escuros e muito frios, um ambiente propício para manter a água eternamente congelada.


Evidências
"Temos diversas evidências de que pode haver água ali", disse Colaprete. Em 1994 a sonda lunar Clementine já havia detectado sinais de água gelada em algumas crateras polares. As observações foram confirmadas em 1999 por outra sonda - Lunar Prospector - mas os dados não foram conclusivos.

Agora é a vez da sonda LCROSS. O gelo pulverizado e exposto à luz do Sol será vaporizado. A luz ultravioleta quebrará as moléculas em hidrogênio (H) e hidróxido (HO), permitindo que os sensores da LCROSS detectem dentro espectro infravermelho a assinatura típica do H2o, além da assinatura do HO em 308 nanômetros.

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Arte: Concepção artísitica mostra os dois módulos da sonda LCROSS antes de se chocarem contra a região polar da Lua. Crédito: Nasa/Ames/Goddard Space Center.

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