Segunda-feira, 24 ago 2009 - 07h04
A construção das usinas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, avança e cria polêmica por sua grande interferência ambiental na região. A alteração do fluxo do rio e a formação de um lago artificial são alguns dos impactos no meio ambiente.
Pesquisadores questionam possíveis assoreamentos, a morte de peixes e até surtos de malária. Milhares de trabalhadores virão de fora e eles são mais vulneráveis à doença. O Bagre e o Jaú são peixes grandes encontrados no Rio Madeira e fundamentais para a economia e alimentação da região. Em meio a todas essas questões, está o desaparecimento da vila de Mutum-Paraná (RO) que será submersa pelas águas da represa da nova hidrelétrica. Cerca de 330 famílias serão removidas para outra cidade e deverão receber casas pré-fabricadas. Os moradores da vila esperam prosperar.
Entretanto, centenas de ribeirinhos estão ameaçados. Mais de 700 famílias de pescadores que moram na área da usina de Santo Antônio terão que se mudar porque o lago artificial vai invadir as margens do Rio Madeira. O problema é que a grande maioria tira do rio o seu sustento. Em Porto Velho a promessa é o progresso. O Governo Federal estima que a cidade vai receber R$ 32 bilhões em investimentos nos próximos dez anos por causa da construção das usinas. Hoje, apenas 3% da população têm acesso à rede de esgoto. Segundo a prefeitura, o porto da cidade precisa de reformas urgentes, faltam escolas e hospitais. As usinas Santo Antônio e Jirau, juntas serão a terceira maior hidrelétrica do Brasil. Jirau deve começar a produzir energia em março de 2012 e Santo Antônio no final do mesmo ano.
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