Terça-feira, 10 mai 2016 - 10h00
Por Rogério Leite
Uma série anômala de tremores está sendo observada alguns quilômetros abaixo do Monte Santa Helena, nos EUA, o que pode significar que o magma das profundezas está subindo em direção à superfície.
Erupção do vulcão Santa Helena, em 18 de maio de 1980 O Santa Helena explodiu violentamente em 18 de maio de 1980 e é considerado um dos vulcões mais ativos dos EUA. Naquela ocasião, antes de entrar em erupção a montanha também apresentou um intenso enxame, mas os pesquisadores ainda não têm certeza se o mesmo deve acontecer agora. De acordo com o USGS, o Instituto de Pesquisas Geológicas dos EUA, os tremores tiveram início no dia 5 de maio e desde então não cessaram. Os registros do órgão chegaram a detectar mais de 130 abalos nas últimas duas semanas, sendo que 120 ocorreram desde o último domingo, 8 de maio.
De acordo com os vulcanologistas, essa grande atividade sísmica se deve provavelmente ao fluxo de magma que está se movimentando abaixo da montanha e subindo em direção à superfície, mas é muito cedo para dizer se isso é um sinal de erupção. Segundo o USGS, os tremores estão acontecendo entre 2 e 7 km de profundidade, um camada abaixo da montanha que é relativamente ativa sismicamente, mesmo quando não está em erupção. O que chama a atenção neste momento é a quantidade de abalos, bem acima da média para os momentos de calmaria. No entender dos especialistas, tudo indica que a câmara de magma está transmitindo tensões na medida em que se recarrega lentamente. O estresse relativo ao processo impulsiona o magma (rocha derretida) entre as fissuras, ocasionando os tremores. O padrão atual de sismicidade é semelhante aquele em 2013 e 2014 e os enxames de recarga na década de 1990 tinham taxas muito mais elevadas de tremores e liberação de energia.
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