Terça-feira, 18 abr 2006 - 06h58
Os Estados Unidos confirmaram nesta segunda-feira que o satélite geoestacionário GOES-10 será deslocado de sua posição atual e reposicionado sobre a Amazônia Brasileira.
Atualmente o satélite se encontra posicionado sobre o Pacífico desde 2003 como parte do projeto GEOSS, Sistema de Observação Global Terrestre, uma aliança de mais de 60 países com o objetivo de unificar as observações do planeta até 2015. De acordo com o governo americano o objetivo é continuar fornecendo imagens da América do Sul mesmo durante a temporada de furacões do Atlântico Norte, que se inicia em junho. Normalmente, durante a temporada de furacões, a NOAA - Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, dos EUA, comanda seus satélites de modo a melhor imagear a região conhecida como "setor das tempestades severas", tornando a captação de imagens sobre a América do Sul, desguarnecida. A notícia é boa para os meteorologistas sul-americanos, que durante a temporada de furacões poderá contar com o fornecimento ininterrupto das imagens geoestacionárias.
Segundo Gregory Withee, administrador dos Satélites e Serviços de Informações da NOAA, o órgão acredita que essa manobra possa servir de exemplo para que a América do Sul também compartilhe suas observações para tornar mais preciso o trabalho de previsão global. Há décadas os sul-americanso recebem as imagens dos satélites GOES, mas por serem norte-americanos, o sistema de escaneamento, conhecido com radiômetro, é apontado para a região de interesse dos EUA. Os satélite GOES enviam regularmente imagens da Terra em diversos comprimentos de onda, desde o visível até o infravermelho e são largamente utilizados no monitoramento de tempestades, incêndios, medições de temperatura continental e do nível do mar, além do mapeamento dos níveis e distribuição de ozônio. O satélite GOES-9 foi lançado em 1997 e situa-se exatamente sobre a linha do equador, a uma altitude de 36 mil quilômetros. Nesta altitude, o satélite leva 24 horas para completar uma volta ao redor do globo. Como essa velocidade é a mesma que a Terra leva para dar uma volta ao redor do eixo, o satélite parece estacionado sobre o mesmo ponto. Daí o nome geoestacionário. Foto: Imagem do satélite GOES recebida diariamente pelo Apolo11.com LEIA MAIS NOTÍCIAS
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