Quinta-feira, 24 set 2009 - 10h10
Está chegando a hora. Faltando pouco mais de duas semanas para o impacto da sonda Lcross contra a superfície da Lua, os cientistas da agência espacial americana contarão com um time de peso para a análise dos dados que chegam da sonda. Trata-se de um grupo de 283 alunos de diversas escolas do mundo, que já estão usando o gigantesco radiotelescópio de Goldstone para acompanhar a missão.
Clique para ampliar Batizado de GAVRT (Projeto Vale das Maçãs do Radiotelescópio Goldstone), o projeto é uma iniciativa conjunta entre o Laboratório de Propulsão a Jato, JPL, da Nasa e o Centro Lewis para Pesquisa Educacional e tem como objetivo orientar meninos e meninas a controlar o gigantesco radiotelescópio através da internet e ensinar a eles como coletar os dados da missão, da mesma forma como os cientistas profissionais estarão fazendo. Segundo Brian Day, do Centro Ames da Nasa, a Lcross tem uma órbita extremamente inclinada, permitindo uma janela de comunicação de apenas duas horas a cada dois dias através das antenas do DSN (Deep Space Network ou Rede do Espaço Profundo). "Por isso resolvemos pedir ajuda aos alunos do GAVRT. Os garotos estão nos ajudando a ganhar mais tempo na monitoração da sonda além de adquirirem um incrível retorno educacional através do experimento".
Clique para ampliar "Entrei em contato com falecido Dr. Michael Klein, uma das maiores autoridades em radioastronomia jupiteriana. Quando disse a ele que eu queria carregar o radiotelelescópio em um caminhão e levá-lo até a escola, ele baixou a cabeça e ficou muito pensativo. Depois de algum tempo disse: "Ele tem 110 metros de largura, pesa quase 500 toneladas e tem 9 andares de altura. Acho que não vai ser muito fácil". Naturalmente, Pierce não conseguiu levar o radiotelescópio até a escola, mas fez algo muito maior. Com auxílio da internet conseguiu fazer as escolas irem até o radiotelelescópio e desde então mais de 38 mil estudantes em todo o mundo já utilizaram o equipamento. Além disso, os cientistas da Nasa treinam os professores do Center Lewis, que ensinam aos alunos e professores todos os métodos de operação e coleta de dados. Na missão atual, se houver algum problema com LCROSS durante o período de silêncio em que a Nasa não será capaz de ouvir os sinais, os alunos de uma ou mais escolas participantes poderão detectar a falha e repassar as informações aos cientistas, que orientarão os alunos a melhor forma de resolver o problema. "Com isso as crianças percebem o quanto elas são responsáveis e importantes para o sucesso da missão", disse Piercy. "O Dr. Klein costumava dizer que olhar um sinal de rádio na tela do computador era tão emocionante como ver a grama crescer", disse Piercy. "Para as crianças o fascínio é porque estão participando de uma missão espacial real ao mesmo tempo em que aprendem com os cientistas da NASA o significado daqueles sinais". Segundo Piercy, a mãe de uma aluna estava um pouco preocupada no início e disse: "Eu nem sequer deixo a minha filha usar a máquina de lavar e de repente ela vai operar um equipamento de 15 milhões de dólares. Como pode ser?". A menina então acalmou a mãe e disse: "Não se preocupe, mãe. É tudo feito remotamente pela internet. Nós só temos que estudar!
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