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Segunda-feira, 18 jan 2021 - 10h28
Por Rogério Leite

Estudo confirma: 2020 foi o ano mais quente já registrado

Uma análise feita pela NASA mostrou que o ano de 2020 foi o mais quente desde que as medições começaram a ser feitas, em 1880. De acordo com a agência, a temperatura média da Terra aumentou mais de 1,1 graus Celsius neste período, com os sete anos mais quentes sendo registrados desde 2014.

Mapa da anomalia térmica mostra os locais  no mundo onde as temperaturas bateram recordes de frio e calor no ano de 2020.
Mapa da anomalia térmica mostra os locais no mundo onde as temperaturas bateram recordes de frio e calor no ano de 2020.

Segundo especialistas, as temperaturas continuam em ascensão devido às atividades humanas, especificamente às emissões de gases de efeito estufa, principalmente dióxido de carbono e metano.

O estudo demonstrou que o ano de 2020 deu continuidade à tendência de aquecimento de longo prazo do planeta, prevista há mais de 30 anos e confirmada ano após ano. No entender de Gavin Schmidt, climatologista e modelador climático ligado ao Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, a temperatura média global do ano foi 1,02 graus Celsius mais quente do que a média da linha base 1951-1980, superando o ano de 2016 por uma fraçao muito pequena.

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Os últimos sete anos foram também os sete mais quentes já registrados, tipificando a tendência de aquecimento contínua e dramática. Para o pesquisador, se um ano é um recorde ou não, não é tão importante. Segundo ele, o que importa são as tendências de longo prazo. Com essas tendências, e à medida que o impacto humano no clima aumenta, devemos esperar que os recordes continuem sendo quebrados.

Gráfico mostra a evolução da anomalia térmica desde o ano de 1880, quando os registros oficiais começaram a ser feitos.
Gráfico mostra a evolução da anomalia térmica desde o ano de 1880, quando os registros oficiais começaram a ser feitos.

Embora a tendência de aquecimento a longo prazo continue, uma variedade de eventos e fatores contribuem para a temperatura média de qualquer ano em particular. Entretanto, vale destacar que dois eventos separados mudaram a quantidade de luz solar que atingiu a superfície da Terra. O primeiro foi os incêndios florestais australianos durante a primeira metade do ano, que queimaram 46 milhões de acres de biomassa e liberou fumaça e outras partículas a mais de 18 quilômetros de altura na atmosfera. Esses evento bloqueou a luz solar e resfriou ligeiramente a atmosfera. Além disso, a pandemia de coronavírus, ainda em andamento, reduziu a poluição do ar por partículas em muitas áreas, permitindo que mais luz solar atingisse a superfície, produzindo um pequeno, mas significativo efeito de aquecimento.

No entender dos cientistas, as paralisações ligadas à pandemia também parecem ter reduzido a quantidade de emissões de dióxido de carbono (CO2) no ano passado, mas as concentrações gerais de CO2 continuaram a aumentar e, como o aquecimento está relacionado a emissões cumulativas, a quantidade total de aquecimento evitado será mínima.

A maior fonte de variabilidade ano a ano nas temperaturas globais normalmente estão relacionadas ao El Niño-Oscilação Sul (ENSO), um ciclo natural de troca de calor entre o oceano e a atmosfera. Embora o ano tenha terminado em uma fase negativa (fria) do ENSO, ele começou em uma fase ligeiramente positiva (quente), que aumentou marginalmente a temperatura média geral. Espera-se que a influência de resfriamento da fase negativa tenha uma influência maior em 2021 do que em 2020.

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