Segunda-feira, 22 fev 2016 - 10h40
Existe na Via Láctea algum planeta semelhante à Terra?
A pergunta é realmente difícil de ser respondida e apesar dos astrônomos já terem descobertos centenas de planetas extrassolares a dúvida principal é se existem outros planetas habitáveis, com atmosfera semelhante à nossa.
![]() Engenheiro da Ball Aerospace inspeciona os seis espelhos primários do telescópio James Webb, nas dependências do Instituto Marshall, da NASA.
Atualmente, diversas pesquisas estão sendo desenvolvidas com o objetivo de determinar a habilidade do JWST em determinar a composição da atmosfera de hipotéticos planetas similares à Terra durante um trânsito planetário, quando parte da luz da estrela principal é filtrada ao passar pela atmosfera do planeta.
Segundo Wesley Traub, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa e Lisa Kaltenegger, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, o JTWC poderá detectar certos gases biomarcadores, como ozônio e metano, apenas para planetas similares à Terra não muito distantes. "Precisaremos ter muita sorte para decifrar a atmosfera dos planetas semelhantes à Terra durante o período de trânsito antes que possamos afirmar que ele é realmente similar à Terra, disse Kaltenegger. "Vamos precisar coletar dados de muitos trânsitos, talvez centenas, mesmo para estrelas tão próximas como 20 anos-luz. Sabemos que é difícil, mas caracterizar a atmosfera de planetas tão longínquos será um desafio bastante estimulante.", completou a pesquisadora.
![]() Diagrama esquemático mostra a técnica do trânsito planetário, largamente empregada na descoberta de planetas extrassolares.
O estudo também considera os planetas orbitando estrelas anãs vermelhas. Essas estrelas, chamada de Tipo M, são extremamente abundantes na Via láctea, até mais comum que as amarelas do Tipo-G, iguais ao Sol. Elas também são menores e mais frias, o que segundo os pesquisadores pode tornar mais fácil as observações. Um planeta semelhante à Terra que orbitasse uma estrela igual ao Sol produziria um trânsito de dez horas a cada ano. Para acumular 100 horas de observações seriam necessários 10 anos. No entanto, um objeto similar à Terra orbitando uma anã vermelha de tamanho médio produziria um trânsito de uma hora a cada 10 dias, o que permitiria acumular 100 horas de trânsito em menos de três anos. Além disso, segundo Kaltenegger, as anãs vermelhas próximas oferecem melhores possibilidades de detecção de biomarcadores. Na melhor das hipóteses, Alfa Centauro-A poderia abrigar um planeta semelhante à Terra que ainda não foi detectado. Assim, os astrônomos precisariam de poucos trânsitos para decifrar a atmosfera do objeto e possivelmente confirmar a existência do primeiro planeta irmão gêmeo da Terra. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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