Sexta-feira, 25 abr 2014 - 11h15
Por Rogério Leite
Um poderoso flare solar de classe X1.3 foi observado no final da noite de quinta-feira, rompendo uma sequência de calmaria que já durava diversas semanas. O evento ocorreu no limbo oeste da estrela e interrompeu as comunicações em diversas partes da Terra.
A explosão solar ocorreu às 21h30 de quinta-feira e teve origem na grande mancha solar AR 2035, momentos antes de desaparecer da face visível do Sol. Embora a localização da explosão não favorecesse a ejeção de partículas carregadas em direção à Terra, o intenso pulso de raios-x produziu um longo período de blackout de radiocomunicação nas áreas iluminadas pelo Sol, observado principalmente por estações de rádio localizadas sobre Pacífico. De acordo com Centro de Previsão de Clima espacial dos EUA, SWPC, o blecaute durou cerca de 1 hora.
Flares dessa intensidade, quando dirigidos à Terra, podem causar sérios problemas em equipamentos à bordo de satélites e interferir de forma bastante acentuada em sistemas de comunicação e navegação. Flares extremamente fortes também podem induzir correntes em linhas de transmissão que podem levar a blecautes de energia. O flare registrado nesta quinta-feira foi o quarto a ser registrado em 2014. O mais intenso ocorreu em 24 de fevereiro, quando uma violenta explosão solar gerou um mega flare classe X4.9.
Para que o leitor tenha uma ideia da violência do evento, a explosão danificou 28 satélites, uma sonda na órbita de Marte e provocou um apagão na Suécia. Além disso, foi registrada por diversas naves interplanetárias, entre elas a Voyager, naquela época próximo da orbita de Plutão. O satélite SOHO, que registrava o evento, ficou momentaneamente cego pela descomunal quantidade de energia que atingiu seus sensores. Por sorte, a área mais densa das partículas ejetadas não atingiu a Terra diretamente, passando de raspão pelo nosso planeta.
LEIA MAIS NOTÍCIAS
Se você precisa de uma base de dados de latitude e Longitude das cidades brasileiras, clique aqui.
|
Apolo11.com - Todos os direitos reservados - 2000 - 2024
"As composições de Bach são desprovidas de beleza, harmonia e claridade melódica" - Johann Adolf Scheibre - crítico musical em 1773 -