Sexta-feira, 26 fev 2010 - 09h05
Há pouco mais de 1 ano, no dia 3 de dezembro de 2008, a chegada do rigoroso inverno paralisou as atividades da sonda Phoenix em solo marciano. Devido ao frio e a pouca luz solar, os computadores de bordo desabilitaram todos os sistemas, mas se auto programou para despertar quando as adversidades passarem. E o momento chegou. Será que a Phoenix conseguirá, como na mitologia, ressurgir das cinzas, ou melhor, do frio marciano?
É exatamente isso que os cientistas do JPL, o Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa, esperam. Mas sem muitas esperanças. A última comunicação da Phoenix com a Terra foi um breve sinal de rádio emitido em 3 de dezembro de 2008 e captado pela espaçonave Mars Odyssey, que orbita o Planeta Vermelho. Agora, a mesma nave está novamente com suas antenas apontadas para a Phoenix, à espera de um possível contato. Na primeira tentativa de contato a Mars Odyssey realizou dez sobrevoos na região de pouso da Phoenix, mas até agora não recebeu nenhum sinal do explorador. De acordo com o JPL, a segunda campanha começa nesta sexta-feira (26/fev) e estão previstas mais cinquenta órbitas sobre a área. Outra campanha está prevista para durar entre 5 e 9 de abril.
Lançada em maio de 2008, a sonda operou perfeitamente durante cinco meses, quase 60 dias a mais que o esperado e durante esse período trouxe importantes contribuições científicas principalmente sobre o clima e ciclo da água no planeta vermelho. Clique para ampliar Apesar da Phoenix não ter sido projetada para sobreviver ao intenso frio de Marte, é possível que o pequeno microcontrolador interno tenha sobrevivido e já tenha dado ordens para iniciar a recarga das baterias, mas não para acionar o sistema de comunicações. Atualmente, a região onde está o explorador já experimenta o Sol da primavera por 22 horas diárias, com intensidade semelhante à da semana do último contato. No caso extremamente improvável de que a sonda tenha sobrevivido ao inverno e consiga armazenar energia em suas baterias, sua operação inicial seria limitada a ao envio de curtos e periódicos sinais de telemetria, que poderão ser captados pela sonda que orbita o planeta. Apesar de improvável, a Nasa tem um histórico bastante positivo de resistência e sobrevida dos seus exploradores e é isso que mantêm as esperanças dos engenheiros do JPL. Façam suas apostas.
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