Quarta-feira, 10 jun 2009 - 09h23
Fim da missão: Sonda japonesa se choca hoje contra a Lua
Vinte e um meses depois de ser lançada ao espaço, a missão japonesa da sonda Kaguya chega ao fim. Exatamente às 15h10 desta quarta-feira a nave principal da missão se chocará contra a superfície da Lua, produzindo um forte impacto no hemisfério sul do nosso satélite.
![]() A hora do impacto deverá favorecer os observadores do leste asiático, Nova Zelândia e Austrália, que poderão observar (ou não) um rápido flash e talvez a coluna de fragmentos que será levantada da borda escura do disco lunar, sobre a latitude 63S e longitude 80E. Kaguya é uma sonda de massa elevada, de 2900 quilos e segundo os cálculos dos engenheiros da Agência Espacial Japonesa, Jaxa, deverá atingir o regolito lunar em ângulo muito rasante a 6 mil quilômetros por hora. Devido ao baixo ângulo do impacto, ninguém sabe exatamente se a sonda penetrará o solo ou atingirá a parede interna de alguma cratera.
O impacto ocorrerá em uma estreita faixa noturna do disco lunar, quando os raios de Sol estarão refletindo 35 km acima da tênue atmosfera, por isso é muito improvável que a coluna de fragmentos seja visível, uma vez que terá que se elevar até essa altura para que possa refletir a luz solar. A magnitude visual do impacto também é incerta, mas estima-se que será similar ao brilho de uma tênue estrela piscando no limbo lunar. A sonda tem massa muito maior que a nave européia Smart-1, que se chocou contra a Lua em setembro de 2006, quando apenas telescópios de grande porte operando na região do infravermelho (radiação térmica) registraram o evento.
Um mês após entrar na órbita da Lua, Kaguya liberou duas outras sondas menores que também entraram em órbita. Uma delas realizou parte do sensoriamento remoto do nosso satélite natural enquanto o outro efetuou medidas do campo magnético e gravitacional, além de servir de retransmissor de sinais entre o complexo orbital e a Terra. O nome Kaguya homenageia uma famosa princesa dos tradicionais contos japoneses, sempre acompanhada de Okina e Ouna, os anjos-guardiões da princesa que dão nome aos satélites auxiliares da missão.
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