Sábado, 22 out 2005 - 08h19
O violento furacão Wilma atingiu na tarde de ontem a península de Yucatán, onde permanece, com ventos extremamente fortes de categoria 4 na escala Saffir-Simpson.
De acordo com testemunhas localizadas na ilha de Cozunel, no México, Wilma está precipitando uma quantidade de chuvas jamais vista na região. Antes de atingir o continente, Wilma passou exatamente sobre a ilha. Imagens de satélite mostram que o olho da tormenta localiza-se neste momento sobre Playa de Carmen, ao sul do balneário turístico de Cancun. Uma equipe da rede CNN, baseada em Cancún, mediu rajadas de ventos de até 246 km/h, que combinada com a chuva, reduziu a visibilidade a praticamente zero. A mesma equipe testemunhou a queda de diversas árvores e semáforos de trânsito.
Felix Gonzalez Ocanto, governador do Estado de Quintana Roo, que compreende parte da península, disse que por enquanto não há vítimas, mas os danos materiais são consideráveis. Ainda de acordo com Gonzalez, os ventos danificaram diversas construções consideradas à prova de furacões. Devido a baixa velocidade de deslocamento do sistema, até 255 milímetros de chuva ainda são esperados sobre Yucatán e oeste de Cuba. Em algumas áreas isoladas a precipitação pode atingir 1000 milímetros. Isso preocupa muito, já que quanto mais tempo a tempestade ficar sobre a região, maiores serão os prejuízos. Wilma chegou ao México com a mesma intensidade com que o furacào Katrina atingiu a cidade de New Orleans no final de agosto, quando mais de 1200 pessoas morreram.
Conforme as bandas externas do furacão, de aproximadamente 700 km de extensão, se aproximam de Cuba, aumentam as operações de retirada das quase 500 mil pessoas que vivem no extremo oeste da ilha. A maioria está sendo levada à Havana. Em sua passagem pelo Caribe, Wilma já deixou pelo menos 13 mortes Um giro gradual em sentido norte é esperado para ainda hoje. Confirmando essa previsão, Wilma deverá castigar severamente o extremo nordeste da Península de Yucatán durante todo o dia de hoje. Os ventos máximos sustentados por Wilma decaíram para aproximadamente 205 km/h, com rajadas chegando a atingir 255 km/h. Wilma é agora um poderoso sistema categoria 3 na escala Saffir-Simpson. Um enfraquecimento é previsto para as próximas horas, pois localiza-se sobre o continente, onde não há evaporação de água suficiente para manter o sistema alimentado. A pressão barométrica no olho da tormenta é agora de 935 hPa (hectoPascais)
Veja abaixo como se forma um furacão
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