Quinta-feira, 5 set 2013 - 19h12
Por Rogério Leite
Gigantesca bola de fogo cruza o céu dos EUA a 90 mil km/h
Um meteoro com cerca de 50 quilos cortou a alta atmosfera dos EUA na noite de quarta-feira e produziu uma das mais intensas bolas de fogo já observada nos últimos cinco anos.
![]() De acordo com dados da Marshall Space Flight Center, da Nasa, o bólido era 20 vezes mais brilhante que a Lua Cheia e tinha aproximadamente 80 centímetros de diâmetro. Segundo a NASA, a rocha penetrou na atmosfera a 90 mil km/h. O meteoro iniciou o processo de ruptura às 04h27 da madrugada dessa quarta-feira, quando estava a 50 km de altitude acima da cidade de Ocoee, na Flórida. Alguns segundos depois se rompeu em duas partes enquanto atravessava os estados da Geórgia e Tennessee, no sudeste americano.
Câmeras allsky da agência espacial americana registraram o evento, que foi rastreado até a altitude de 30 km. Radares Doppler do Serviço meteorológico dos EUA e sensores de infrassons também registraram a passagem a passagem do objeto. Apesar da fulgurante entrada, provavelmente a rocha foi totalmente consumida enquanto ainda estava na atmosfera e não há informação de que meteoritos tenham atingido o solo.
![]() O fato é que diariamente a Terra é constantemente bombardeada por pequenos asteroides e outros detritos espaciais, criando uma espécie de garoa de meteoros, alguns deles tão brilhantes que podem ser vistos até mesmo de dia, principalmente nas primeiras horas da manhã ou antes do anoitecer. De acordo com cálculos feitos pelo astrônomo Bill Cooke, ligado à Nasa, bolas de fogo tão brilhantes quanto o planeta Vênus ocorrem mais de 100 vezes por dia. Outras, com brilho semelhante à Lua crescente cruzam o céu pelo menos uma vez a cada dez dias. Segundo o astrônomo, existem ainda bolas de fogo extremamente grandes e brilhantes, com magnitude visual que pode chegar a -13 e que acontecem a cada cinco meses. Apenas para lembrar, magnitude negativa de -13 equivale ao brilho da Lua Cheia! No entanto, nem sempre essas enormes bolas de fogo são vistas. A maioria delas, cerca de 70%, cruza o céu sobre áreas inabitadas ou sobre os oceanos. A metade ocorre durante o dia, praticamente imperceptíveis devido à presença do Sol. Outra grande parte também não é vista simplesmente porque ninguém está olhando o céu naquele momento.
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