Sexta-feira, 18 fev 2005 - 18h40
GlobalFlyer pronto para dar volta ao mundo em 80 horas
Novamente o milionário aventureiro Steve Fosset espera quebrar mais um recorde da aviação. Desta vez, sozinho a bordo de um aeroplano, ele espera dar a volta ao mundo sem paradas ou reabastecimento.
O vôo, originalmente programado para 2 de fevereiro foi atrasado por diversas vezes devido às condições do tempo. Se essas condições permitirem, na próxima quarta ou quinta-feira, o aventureiro de 60 anos deve partir a bordo do Virgin Atlantic GlobalFlyer, de Salina, Texas. Em sua jornada cruzará a Europa, Oriente Médio, Ásia e Pacífico, para então retornar ao Texas. Dois anos depois, ele e sua equipe fizeram a mais rápida circunavegação em um veleiro, que durou 58 dias.
Fosset também detém dezenas de recordes náuticos e aéreos, incluindo o mais rápido vôo de um avião subsônico, atingindo a velocidade de 1193.9 km/h. Para esse último desafio, Fosset e seu controle da missão, baseada na Universidade do Texas, enfrentarão três difíceis desafios: o tempo, o sono e a conservação do precioso combustível. Acima do cockpit da aeronave, um único motor de 2.2 metros deve conduzir o GlobalFlyer na sua jornada de mais de 36 mil quilômetros ao redor do globo. "O primeiro vôo solo é um grande desafio", disse Fosset. "Se tivermos sucesso, espero conquistar o lugar na história da aviação, herdado de Wiley Post". Em 1933, Post deu a volta ao globo em oito dias, após parar por onze vezes. Fosset espera repetir o mesmo feito, sem paradas, em 80 horas. Fosset partilha essa missão com dois homens, cuja experiência será de vital importância: seu amigo, também aventureiro e presidente da Virgin Atlantic, Richard Branson e o projetista de aeronaves Burt Rutan, cujo avião Voyager levou seu irmão Dick Rutan e a co-piloto Jeana Yeager ao redor do planeta sem re-abastecimento em 1986. Voar solo ao redor do globo em um aeroplano é agora "o último grande recorde a ser quebrado dentro da atmosfera terrestre", disse Branson, quando a missão foi anunciada em 2003. De fato, Branson e Rutan conhecem muito sobre vôos. No último ano, Rutan conduziu o primeiro vôo comercial a atingir a fronteira do espaço e foi contratado por Branson para construir o primeiro avião que levará passageiros nessa altitude, provavelmente em 2010. Em outubro passado, Rutan, a bordo do Space Ship One, ganhou o prêmio de 10 milhões de dólares, concedido à primeira fundação sem fins lucrativos que levasse um civil a 100 km de altitude e retornasse em segurança.
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