Segunda-feira, 17 jun 2013 - 10h19
Por Rogério Leite
Google lança na atmosfera dezenas de pontos de acesso à internet
O experimento inédito colocou na alta atmosfera diversos balões científicos carregados com pontos de acesso wi-fi. O objetivo é permitir conexão à internet de alta velocidade nas áreas mais remotas do planeta, onde não existe sinal de celular ou cobertura via satélite.
![]() Clique para ampliar Batizado de Projeto Loon, o experimento ainda está em fase de testes e na última semana completou a primeira etapa ao colocar na alta atmosfera da Terra 30 balões científicos repletos de equipamentos de comunicação. Os balões foram lançados da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia e deverão permanecer no ar por cerca de 100 dias. Cada balão mede cerca de 15 metros de diâmetro e entre os equipamentos embarcados estão um computador de bordo, rádios, antenas, um subsistema de controle de altitude e um conjunto de painéis solares para fornecer energia ao conjunto.
Os balões utilizados são do tipo científicos, conhecidos como "super pressão". São construídos em plástico selado e preenchidos com gás hélio altamente pressurizado. Balões desse tipo têm grande capacidade de carga e normalmente são utilizados para levar toneladas de equipamentos a mais de 35 mil metros de altitude. No caso do Projeto Loon, os balões se manterão a 20 mil metros e navegarão no espaço através das correntes de jato. Nesta altitude, a área da superfície coberta por cada ponto wi-fi flutuante é de cerca de 40 km de diâmetro. De acordo com a Google, nesta primeira fase foram selecionados 50 voluntários das cidades de Christchurch e Canterbury, na Nova Zelândia, mas já existem planos de parceria bem adiantados em outros países, entre eles Argentina, Chile, África do Sul e Austrália.
Apesar de o uso de balões parecer mais simples, os engenheiros se viram às voltas com o problema da dirigibilidade dos balões. "Nós não queremos que eles vão apenas onde o vento os levar, mas onde a internet é necessária na superfície", disse Richard DeVaul, chefe o projeto junto ao Google-X, uma divisão da empresa de tecnologia responsável em desenvolver ideias de ponta e inovadoras. "Você tem que movê-los para cima e para baixo no interior da estratosfera para capturar o vento apropriado. Nossa missão é coreografar todo o balé dessa frota e isso exige um pouco de ciência de computação e um monte de poder de processamento", explicou o pesquisador.
Segundo a Google, a frota de balões poderia até mesmo ser desviada para áreas afetadas por desastres e ajudar nos esforços de resgate em situações onde os equipamentos de comunicação em terra foram destruídos ou não possam ser utilizados. Até o final do ano a empresa espera testar uma frota com 100 balões a 30 km de altitude, ampliando ainda mais a área de cobertura do Projeto Loon.
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