Quarta-feira, 22 abr 2009 - 08h53
Um dos mais importantes instrumentos científicos em operação, o Telescópio Espacial Hubble, está completando 19 anos. E para não perder o costume passou o aniversário trabalhando, registrando um peculiar grupo de galáxias com mais de 100 mil anos-luz de comprimento.
Nos últimos 19 anos o telescópio registrou centenas de imagens exóticas de galáxias colidindo. As cenas foram tantas que os pesquisadores não acreditavam que pudessem ver algo novo e estranho, mas a composição registrada surpreendeu novamente. A foto mostra o objeto ARP 194, um conjunto triplo de galáxias onde se tem a impressão de que as estrelas estão "escorrendo" através de um fluxo azul, visto no centro da foto. Na realidade, o fluxo observado é o braço de uma das galáxias, repleto de centenas de estrelas que acabaram de nascer e foi criado pela interação da gigantesca força gravitacional entre as duas galáxias vistas no topo da imagem.
Os núcleos das duas galáxias que estão se fundindo pode ser visto no canto superior direito da composição. O bizarro fluxo azul, uma espécie de ponte cósmica, parece se conectar à galáxia inferior, mas na realidade não passa de uma ilusão de ótica. A galáxia inferior não está no mesmo plano das duas que se fundem, mas muito atrás delas, não existindo nenhum contato físico entre os objetos. O berçário azul de estrelas é sem dúvida o que mais chama a atenção na imagem. Contém enormes aglomerados estelares que por sua vez podem conter outras dezenas de jovens aglomerados. Ali, as forças gravitacionais envolvidas podem aumentar a taxa da criação estelar, dando origem à brilhantes estrelas que se formam em galáxias em fusão. O Telescópio Espacial Hubble foi colocado em órbita em 1990 pelo ônibus espacial Discovery. Até o momento o instrumento fez mais de 850 mil investigações, registrando aproximadamente 600 mil imagens de 29 mil objetos. Veja também
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"As composições de Bach são desprovidas de beleza, harmonia e claridade melódica" - Johann Adolf Scheibre - crítico musical em 1773 -